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Uma Jovem Católica

Sou uma jovem esposa e mãe católica portuguesa. Neste blog partilho a minha caminhada em busca da santidade e o meu encontro com o amor misericordioso do Senhor. Espero que ele vos possa ajudar a encontrar a alegria do Evangelho!

Uma Jovem Católica

Sou uma jovem esposa e mãe católica portuguesa. Neste blog partilho a minha caminhada em busca da santidade e o meu encontro com o amor misericordioso do Senhor. Espero que ele vos possa ajudar a encontrar a alegria do Evangelho!

Caderneta de Cromos para a Santa Missa - ano pastoral 2023-2024

À semelhança dos anos anteriores, este ano voltei a fazer uma Caderneta de Cromos com as leituras do Evangelho de cada Domingo e Dia Santo, para o próximo ano pastoral 2023-2024 (transição entre o ano litúrgico A e B). É uma Caderneta desenhada a pensar principalmente na Catequese, mas também pode ser usada em família. 

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Como já tinha explicado antes, o conceito é muito simples: no início do ano, entrega-se uma caderneta em branco a cada menino da catequese, que depois irá receber um cromo por cada Missa a que assistir (podem combinar dar o cromo respectivo logo a seguir à Missa, se o catequista estiver presente, ou então na catequese seguinte). Se não vierem à Missa nesse fim-de-semana (ou Solenidade), não recebem o cromo respectivo e ficará esse espaço em branco na caderneta. Cada cromo tem uma imagem e um versículo relativo ao Evangelho proclamado nesse dia, para os ajudar a conhecer e memorizar as Escrituras, de coração. A Caderneta tem ainda várias imagens e frases para os meninos pintarem e a embelezarem ao seu gosto. 

Caderneta foto 2.jpgTodas as imagens utilizadas na caderneta são de utilização livre (retiradas do Pixabay). Da minha parte, como sempre, têm total liberdade para imprimir e partilhar esta caderneta no vosso grupo de catequese, pelas vossas paróquias, pelas vossas famílias, por onde quiserem. Lembrem-se só de rezar uma Avé-Maria pela minha família!

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Como fazer a Caderneta de Cromos da Santa Missa?

  1. Fazer o download da Caderneta em branco (documento pdf).
  2. Imprimir a Caderneta, idealmente em papel mais grosso e espesso (eu utilizei folhas de papel A4 com 160g), imprimindo sempre frente e verso!
  3. Agrafar as 2 folhas, pelo meio, de forma a criar um pequeno livro (como está mostrado aqui). Ou seja, no final, a Caderneta será constituída por 2 folhas A4, num total de 8 páginas (incluindo a capa).
  4. Fazer o download dos Cromos (documento pdf).
  5. Imprimir os Cromos a cores, em papel autocolante (que pode ser encontrado em lojas como a Staples). 
  6. Recortar os Cromos
  7. No final do ano, a Caderneta deverá ficar assim

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“Foi-Me dado todo o poder no Céu e na Terra. Ide e fazei discípulos de todos os povos. Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos” (Mt 28, 18b-19. 20b)

 

Podem ver outros exemplos desta Caderneta de Cromos aqui:

Caderneta de Cromos para a Santa Missa - ano pastoral 2021-2022

Caderneta de Cromos da Santa Missa - 1º Período

Caderneta de Cromos da Santa Missa - 2º Período

 

Leitura da Carta Encíclica "Deus Caritas Est" do Papa Bento XVI (2005) - parte 6 a 10

Sobre o Amor Cristão

 

Parte 6/10

EXCERTO: "A natureza íntima da Igreja exprime-se num tríplice dever: anúncio da Palavra de Deus (kerygma-martyria), celebração dos Sacramentos (leiturgia), serviço da caridade (diakonia). São deveres que se reclamam mutuamente, não podendo um ser separado dos outros. Para a Igreja, a caridade não é uma espécie de actividade de assistência social que se poderia mesmo deixar a outros, mas pertence à sua natureza, é expressão irrenunciável da sua própria essência."

 

Parte 7/10

EXCERTO: "O amor — caritas — será sempre necessário, mesmo na sociedade mais justa. Não há qualquer ordenamento estatal justo que possa tornar supérfluo o serviço do amor. Quem quer desfazer-se do amor, prepara-se para se desfazer do homem enquanto homem. Sempre haverá sofrimento que necessita de consolação e ajuda. Haverá sempre solidão. Existirão sempre também situações de necessidade material, para as quais é indispensável uma ajuda na linha de um amor concreto ao próximo. Um Estado, que queira prover a tudo e tudo açambarque, torna-se no fim de contas uma instância burocrática, que não pode assegurar o essencial de que o homem sofredor — todo o homem — tem necessidade: a amorosa dedicação pessoal. Não precisamos de um Estado que regule e domine tudo, mas de um Estado que generosamente reconheça e apoie, segundo o princípio de subsidiariedade, as iniciativas que nascem das diversas forças sociais e conjugam espontaneidade e proximidade aos homens carecidos de ajuda."

 

Parte 8/10

EXCERTO: "O tempo moderno, sobretudo a partir do Oitocentos, aparece dominado por diversas variantes duma filosofia do progresso, cuja forma mais radical é o marxismo. Uma parte da estratégia marxista é a teoria do empobrecimento: esta defende que, numa situação de poder injusto, quem ajuda o homem com iniciativas de caridade, coloca-se de facto ao serviço daquele sistema de injustiça, fazendo-o resultar, pelo menos até certo ponto, suportável. Deste modo fica refreado o potencial revolucionário e, consequentemente, bloqueada a reviravolta para um mundo melhor. Por isso, se contesta e ataca a caridade como sistema de conservação do status quo. Na realidade, esta é uma filosofia desumana."

 

Parte 9/10

EXCERTO: "Quem se acha em condições de ajudar há-de reconhecer que, precisamente deste modo, é ajudado ele próprio também; não é mérito seu nem título de glória o facto de poder ajudar. Esta tarefa é graça. Quanto mais alguém trabalhar pelos outros, tanto melhor compreenderá e assumirá como própria esta palavra de Cristo: «Somos servos inúteis» (Lc 17, 10). Na realidade, ele reconhece que age, não em virtude de uma superioridade ou uma maior eficiência pessoal, mas porque o Senhor lhe concedeu este dom. Às vezes, a excessiva vastidão das necessidades e as limitações do próprio agir poderão expô-lo à tentação do desânimo. Mas é precisamente então que lhe serve de ajuda saber que, em última instância, ele não passa de um instrumento nas mãos do Senhor; libertar-se-á assim da presunção de dever realizar, pessoalmente e sozinho, o necessário melhoramento do mundo. Com humildade, fará o que lhe for possível realizar e, com humildade, confiará o resto ao Senhor."

 

Parte 10/10

EXCERTO: "Maria é grande, precisamente porque não quer fazer-Se grande a Si mesma, mas engrandecer a Deus. Ela é humilde: não deseja ser mais nada senão a serva do Senhor (cf. Lc 1, 38.48). Sabe que contribui para a salvação do mundo, não realizando uma sua obra, mas apenas colocando-Se totalmente à disposição das iniciativas de Deus. É uma mulher de esperança: só porque crê nas promessas de Deus e espera a salvação de Israel, é que o Anjo pode vir ter com Ela e chamá-La para o serviço decisivo de tais promessas. É uma mulher de fé: «Feliz de Ti, que acreditaste», diz-lhe Isabel (cf. Lc 1, 45). O Magnificat — um retrato, por assim dizer, da sua alma — é inteiramente tecido com fios da Sagrada Escritura, com fios tirados da Palavra de Deus. Desta maneira se manifesta que Ela Se sente verdadeiramente em casa na Palavra de Deus, dela sai e a ela volta com naturalidade. Fala e pensa com a Palavra de Deus; esta torna-se palavra d'Ela, e a sua palavra nasce da Palavra de Deus. Além disso, fica assim patente que os seus pensamentos estão em sintonia com os de Deus, que o d'Ela é um querer juntamente com Deus. Vivendo intimamente permeada pela Palavra de Deus, Ela pôde tornar-Se mãe da Palavra encarnada. "

 

Caminho de Emaús - um convite

Hoje queria lançar-vos um convite: uma caminhada pela Bíblia ao ritmo duma verdadeira caravana. 

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Já estão abertas as inscrições no site das Famílias de Caná, para a 2ª edição do curso bíblico online "Caminho de Emaús". Serão 20 sessões, uma vez por semana, às quartas-feiras das 21h às 22h, via Zoom, a começar no dia 1 de Março de 2023 e com previsão de terminar em Julho de 2023. Iremos percorrer as Sagradas Escrituras duma ponta à outra, conhecendo cada vez mais e melhor esta história de amor de Deus com o Seu povo, com cada um de nós, com cada uma das nossas famílias. A Teresa Power falar-nos-á de 7 grandes temas presentes em toda a Bíblia: a Aliança, o Templo, o Cordeiro de Deus, o Pão da Vida e o Vinho da Salvação, o Matrimónio Espiritual, Maria, a Benção e a Maldição e, por fim, na Missa. 

Só precisam duma Bíblia e dum coração sedento pelo Senhor! Encontramo-nos lá? 

Leitura da Carta Encíclica "Deus Caritas Est" do Papa Bento XVI (2005) - parte 1 a 5

Sobre o Amor Cristão

 

Parte 1/10

EXCERTO: "Dois dados resultam claramente desta rápida visão sobre a concepção do «eros» na história e na actualidade. O primeiro é que entre o amor e o Divino existe qualquer relação: o amor promete o infinito, a eternidade — uma realidade maior e totalmente diferente do dia-a-dia da nossa existência. E o segundo é que o caminho para tal meta não consiste em deixar-se simplesmente subjugar pelo instinto. São necessárias purificações e amadurecimentos, que passam também pela estrada da renúncia. Isto não é rejeição do «eros», não é o seu «envenenamento», mas a cura em ordem à sua verdadeira grandeza."

 

Parte 2/10

EXCERTO: "Faz parte da evolução do amor para níveis mais altos, para as suas íntimas purificações, que ele procure agora o carácter definitivo, e isto num duplo sentido: no sentido da exclusividade — «apenas esta única pessoa» — e no sentido de ser «para sempre». O amor compreende a totalidade da existência em toda a sua dimensão, inclusive a temporal. Nem poderia ser de outro modo, porque a sua promessa visa o definitivo: o amor visa a eternidade. Sim, o amor é «êxtase»; êxtase, não no sentido de um instante de inebriamento, mas como caminho, como êxodo permanente do eu fechado em si mesmo para a sua libertação no dom de si e, precisamente dessa forma, para o reencontro de si mesmo, mais ainda para a descoberta de Deus."

 

Parte 3/10

EXCERTO: "(...) O eros está de certo modo enraizado na própria natureza do homem; Adão anda à procura e «deixa o pai e a mãe» para encontrar a mulher; só no seu conjunto é que representam a totalidade humana, tornam-se «uma só carne». Não menos importante é o segundo aspecto: numa orientação baseada na criação, o eros impele o homem ao matrimónio, a uma ligação caracterizada pela unicidade e para sempre; deste modo, e somente assim, é que se realiza a sua finalidade íntima. À imagem do Deus monoteísta corresponde o matrimónio monogâmico. O matrimónio baseado num amor exclusivo e definitivo torna-se o ícone do relacionamento de Deus com o seu povo e, vice-versa, o modo de Deus amar torna-se a medida do amor humano."

 

Parte 4/10

EXCERTO: "Na liturgia da Igreja, na sua oração, na comunidade viva dos crentes, nós experimentamos o amor de Deus, sentimos a sua presença e aprendemos deste modo também a reconhecê-la na nossa vida quotidiana. Ele amou-nos primeiro, e continua a ser o primeiro a amar-nos; por isso, também nós podemos responder com o amor. Deus não nos ordena um sentimento que não possamos suscitar em nós próprios. Ele ama-nos, faz-nos ver e experimentar o seu amor, e desta «antecipação» de Deus pode, como resposta, despontar também em nós o amor. No desenrolar deste encontro, revela-se com clareza que o amor não é apenas um sentimento. Os sentimentos vão e vêm. O sentimento pode ser uma maravilhosa centelha inicial, mas não é a totalidade do amor. Ao início, falámos do processo das purificações e amadurecimentos, pelos quais o eros se torna plenamente ele mesmo, se torna amor no significado cabal da palavra. É próprio da maturidade do amor abranger todas as potencialidades do homem e incluir, por assim dizer, o homem na sua totalidade."

 

Parte 5/10

EXCERTO:  "O Espírito é também força que transforma o coração da comunidade eclesial, para ser, no mundo, testemunha do amor do Pai, que quer fazer da humanidade uma única família, em seu Filho. Toda a actividade da Igreja é manifestação dum amor que procura o bem integral do homem: procura a sua evangelização por meio da Palavra e dos Sacramentos, empreendimento este muitas vezes heróico nas suas realizações históricas; e procura a sua promoção nos vários âmbitos da vida e da actividade humana. Portanto, é amor o serviço que a Igreja exerce para acorrer constantemente aos sofrimentos e às necessidades, mesmo materiais, dos homens."

Sugestões de presentes católicos portugueses

Hoje, por sugestão duma grande amiga, quero partilhar convosco a origem dos presentes que a nossa família decidiu oferecer, a familiares e amigos, neste Natal. Todos os anos esforçamo-nos por comprar (ou fazer) presentes simples mas com significado, sem excessos ou exageros, como o Papa Francisco nos exortou neste último Tempo de Advento.

Assim, este ano, comprámos e oferecemos os nossos presentes de Natal através dos produtos de 3 lojinhas:

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A loja ADORAMUS nasceu da vontade de partilhar e divulgar os diversos produtos, produzidos artesanalmente, em vários Conventos e Mosteiros espalhados de Norte a Sul do nosso país (cuja lista podem conhecer aqui). São produtos produzidos nas poucas horas dedicadas ao trabalho destas Comunidades maioritariamente dedicadas à oração e à contemplação. Das suas mãos, preservando e reinventando tradições monásticas de longa data, nascem doces, compotas e biscoitos, mel e chás, licores, sabonetes e batons, terços e rosários, obras de arte variadas ... enfim, uma diversidade de produtos únicos. Ao divulgarem estes produtos, esta loja pretende auxiliar estes Mosteiros e Conventos a subsistirem e a continuarem a sua principal missão: oração pelo Papa, pela Santa Igreja e por todo o mundo. 
 
 

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A ConceptioArt é uma loja criada pelas irmãs Concepcionistas Franciscanas de Viseu, uma Ordem fundada por Santa Beatriz da Silva, de carisma contemplativo e Mariano. Estas irmãs, que vivem em clausura, dedicam-se maioritariamente à oração e à Adoração Eucarística e, nos poucos tempos livres, produzem autênticas iguarias de trufas, bolos e diversos biscoitos, assim como alguns artigos religiosos como terços, bolsinhas e alfaias litúrgicas. 

 

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Por fim, apresento-vos a loja daquela que é possivelmente a Comunidade religiosa mais recente em Portugal (estabelecida apenas em 2021!), as Monjas Trapistas de Palaçoulo (Miranda do Douro). Pertencem à Ordem Cisterciense, regida pela regra de São Bento, vivendo uma vida de comunhão, silêncio, oração em comum, meditação da palavra de Deus e trabalho, produzindo diversas iguarias, como biscoitos, amêndoas e torrones, assim como alguns livros, terços e porta-chaves. Estas monjas encontram-se ainda a construir o seu (novo) Mosteiro, mas já este Verão conseguiram abrir as portas da sua Casa de Retiros, tanto para grupos como para jovens solteiras que pretendam explorar durante alguns dias esta vocação.

 

Não tirei nenhuma foto aos nossos presentes de Natal, mas tirei esta aos doces e compotas que oferecemos aos convidados da festa do 1º aniversário da nossa Isabel, no início do mês de Dezembro, e que provêm destas lojas.

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Curso sobre a Santa Missa - passo a passo

Se um dos vossos propósitos para o vosso plano de vida espiritual é aprofundar o vosso conhecimento e amor pela Santa Missa (é um dos meus propósitos para 2023!), então vão apreciar bastante o pequeno Curso que hoje partilho convosco. Podem assistir no Youtube, em pequenos vídeos de 10 minutos cada e até ao momento já foram publicados 9 vídeos deste Curso. Ele é da autoria do Pe. João Paulo Pimentel, sacerdote da Prelatura do Opus Dei e actualmente pároco da Paróquia de Telheiras, e é duma riqueza incomparável! Recomendo-o vivamente a todos os leitores deste blog! 

 

Aula 0 - Introdução

 

Aula 1 - Aspectos essenciais sobre a Santa Missa

 

Aula 2 - Os paramentos

 

Aula 3 - Ritos introdutórios I

 

Aula 4 - Ritos introdutórios II

 

Aula 5 - Ritos introdutórios III (Kyrie)

 

Aula 6 - Ritos introdutórios IV (Glória e Oração colecta)

 

Aula 7 - Liturgia da Palavra

 

Aula 8 - 1ª Leitura e Salmo

 

Aula 9 - 2ª Leitura e Evangelho

 

Obrigado Pe João Paulo Pimentel, por partilhar connosco tanta riqueza!

Plano de Vida Espiritual (3 boas sugestões!)

Ao aproximar-se o final deste ano civil (e uma vez que estamos nas primeiras semanas dum novo Ano Litúrgico no calendário da Igreja), é natural que façamos um balanço do ano que passou e que, em oração e escutando a voz do Senhor, tentemos definir alguns propósitos, algumas mudanças ou até algumas metas, para este novo ano que se inicia.

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O canal Sede Sal, Sede Luz partilhou (no grupo do telegram e no instagram) algumas ideias muito úteis, que nos podem ajudar nesta tarefa. Sabes onde estás e onde queres chegar? Um plano de vida espiritual pode ajudar-te neste caminho rumo à santidade, o principal chamamento de cada cristão. Podem ler mais sobre (e fazer o download) dum plano de vida espiritual no Canal Sede Sal, Sede Luz.

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A sábia professora Ana Paula Barros, do Salus in Caritate, também partilhou já há alguns anos uma sugestão deste plano de vida espiritual, com o propósito de nos ajudar a responder a questões frequentes da nossa vida, por exemplo "como poderei desenvolver uma maior intimidade com Deus?" ou "como ter mais constância?" ou "como ser mais perseverante no caminho da santidade?". Na verdade, não basta pensarmos em como seria bom ter mais intimidade com Deus, ou ser mais constante e perseverante na vivência da Fé ... se não o desejarmos verdadeiramente, estabelecendo formas concretas de o tentar alcançar e realizar (contando sempre com muitas graças e bênçãos do Senhor para tal acontecer, claro). A Ana Paula Barros escreveu-nos um óptimo post sobre os benefícios deste plano de vida espiritual, respondendo a algumas questões e dúvidas, que vale MUITO a pena ler.

 

 

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Para terminar, queria partilhar convosco a fantástica prenda de Natal que recebi este ano do meu marido: uma agenda portuguesa (!) católica (!!) para 2023, desenhada a pensar neste plano de vida espiritual (!!!). Esta agenda foi carinhosamente desenhada pela Clara, uma jovem esposa e mãe católica de 4 filhos, que criou a Magnificat, uma lojinha online com diversos objectos que nos ajudam a expressar a nossa Fé no dia a dia. É uma agenda para quem deseja ver Deus no meio das tarefas e dos dias preenchidos da nossa vida - todos os dias do ano. Deixo-vos algumas fotos desta linda agenda, «Para tudo há um momento e um tempo», que podem explorar no site ou ver em vídeo no instagram da loja.

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Um santo ano de 2023 para todos!

Youtube - Carta Apostólica "Desiderio desideravi" do Papa Francisco (2022)

Sobre a formação litúrgica do povo de Deus

 

Parte 1/6

 

EXCERTO: "Pedro e João tinham sido mandados fazer os preparativos para se poder comer a Páscoa mas, vendo bem, toda a criação, toda a história – que finalmente estava para se revelar como história de salvação – é uma grande preparação para a Ceia. Pedro e os outros estão a essa mesa inconscientes e, todavia, necessários: qualquer dom para o ser deve ter alguém disposto a recebê-lo. Neste caso a desproporção entre a imensidade do dom e a pequenez de quem o recebe é infinita e não pode deixar de nos surpreender. Apesar disso – por misericórdia do Senhor – o dom é confiado aos Apóstolos para que seja levado a todos os homens. Ninguém tinha ganho um lugar para aquela Ceia. Todos foram convidados ou, melhor, atraídos pelo desejo ardente que Jesus tem de comer aquela Páscoa com eles: Ele sabe que é o Cordeiro daquela Páscoa, sabe que é a Páscoa. Esta é a novidade absoluta daquela Ceia, a única verdadeira novidade da história, que torna aquela Ceia única e, por isso, “última”, irrepetível."

 

 

Parte 2/6

 

EXCERTO "Devemos ao Concílio – e ao movimento litúrgico que o precedeu – a redescoberta da compreensão teológica da Liturgia e da sua importância na vida da Igreja: os princípios gerais enunciados pela Sacrosanctum Concilium, tal como foram fundamentais para a intervenção da reforma, assim o continuam a ser para a promoção daquela participação plena, consciente, ativa e frutuosa na celebração, “primeira e indispensável fonte na qual os fiéis podem haurir o genuíno espírito cristão” (Sacrosanctum Concilium, n. 14; veja-se também o n. 11). Com esta carta gostaria simplesmente de convidar toda a Igreja a redescobrir, guardar e viver a verdade e a força da celebração cristã. Gostaria que a beleza do celebrar cristão e das suas necessárias consequências na vida da Igreja não fosse deturpada por uma compreensão superficial e redutora do seu valor ou, pior ainda, por uma instrumentalização dela ao serviço de uma qualquer visão ideológica, seja ela qual for. A oração sacerdotal de Jesus na última Ceia para que todos sejam um só (Jo 17, 21), julga qualquer divisão nossa em torno do Pão partido, “sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade”

 

 

Parte 3/6

 

EXCERTO "A questão fundamental é, portanto, esta: como recuperar a capacidade de viver em plenitude a ação litúrgica? Tal era o objetivo da reforma do Concílio. O desafio é muito exigente porque o homem moderno – não do mesmo modo em todas as culturas – perdeu a capacidade de se confrontar com o agir simbólico que é uma característica essencial do ato litúrgico. A pós-modernidade – em que o homem se sente cada vez mais perdido, sem referências de qualquer tipo, privado de valores porque tornados indiferentes, órfão de tudo, numa fragmentação em que parece impossível um horizonte de sentido – é ainda agravada pela pesada herança que nos deixou a época anterior, feita de individualismo e subjetivismo (que, mais uma vez, remetem para pelagianismo e gnosticismo) bem como de um espiritualismo abstrato que contradiz a própria natureza do homem, espírito encarnado e, portanto, capaz em si mesmo de ação e de compreensão simbólica."

 

 

Parte 4/6

 

EXCERTO: "De quanto dissemos sobre a natureza da Liturgia resulta evidente que o conhecimento do mistério de Cristo, questão decisiva para a nossa vida, não consiste numa assimilação mental de uma ideia, mas numa real implicação existencial com a sua pessoa. Neste sentido a Liturgia não diz respeito ao “conhecimento” e a sua finalidade não é primariamente pedagógica (embora tenha um grande valor pedagógico: cf. Sacrosanctum Concilium, n. 33), mas é o louvor, a ação de graças pela Páscoa do Filho, cuja força de salvação alcança a nossa vida. A celebração diz respeito à realidade do nosso ser dóceis à ação do Espírito que nela opera, até que Cristo seja formado em nós (cf. Gl 4, 19). A plenitude da nossa formação é a conformação a Cristo. Repito: não se trata de um processo mental, abstrato, mas de chegar a ser Ele. É esta a finalidade para a qual foi dado o Espírito, cuja ação é sempre e só a de fazer o Corpo de Cristo. É assim com o pão eucarístico, é assim para todos os batizados chamados a tornarem-se cada vez mais aquilo que receberam em dom no Batismo, isto é, a serem membros do Corpo de Cristo. Escreve Leão Magno: “A nossa participação no Corpo e no Sangue de Cristo não tem outro fim a não ser transformar-nos naquilo que recebemos”

 

 

Parte 5/6

 

EXCERTO: "Entre os gestos rituais que pertencem a toda a assembleia, o silêncio ocupa um lugar de importância absoluta. Várias vezes é expressamente prescrito nas rubricas: toda a celebração eucarística é imersa no silêncio que precede o seu início e marca cada instante do seu desenvolvimento ritual. Efetivamente, está presente no ato penitencial; após o convite à oração; na liturgia da Palavra (antes das leituras, entre as leituras e após a homilia); na oração eucarística; depois da comunhão. Não se trata de um refúgio onde esconder-se para um isolamento intimista, quase sofrendo a ritualidade como se de uma distração se tratasse: um tal silêncio estaria em contradição com a própria essência da celebração. O silêncio litúrgico é muito mais: é o símbolo da presença e da ação do Espírito Santo que anima toda a ação celebrativa; por esse motivo muitas vezes constitui o ápice da sequência ritual. Precisamente porque é símbolo do Espírito tem o poder de exprimir a sua ação multiforme. Assim, retomando os momentos que acima recordei, o silêncio move ao arrependimento e ao desejo de conversão; suscita a escuta da Palavra e a oração; dispõe à adoração do Corpo e do Sangue de Cristo; sugere a cada um, na intimidade da comunhão, o que o Espírito quer realizar na vida para nos conformar ao Pão partido. Por isso, somos chamados a realizar com extremo cuidado o gesto simbólico do silêncio: é nele que o Espírito nos dá forma."

 

Parte 6/6

EXCERTO: "Gostaria que esta Carta nos ajudasse a reavivar o assombro pela beleza da verdade do celebrar cristão, a recordar a necessidade de uma formação litúrgica autêntica e a reconhecer a importância de uma arte da celebração que esteja ao serviço da verdade do mistério pascal e da participação de todos os batizados, cada qual com a especificidade da sua vocação. Toda esta riqueza não está longe de nós: está nas nossas igrejas, nas nossas festas cristãs, na centralidade do domingo, na força dos sacramentos que celebramos. A vida cristã é um contínuo caminho de crescimento: somos chamados a deixar-nos formar com alegria e na comunhão."