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Uma Jovem Católica

Sou uma jovem esposa e mãe católica portuguesa. Neste blog partilho a minha caminhada em busca da santidade e o meu encontro com o amor misericordioso do Senhor. Espero que ele vos possa ajudar a encontrar a alegria do Evangelho!

Uma Jovem Católica

Sou uma jovem esposa e mãe católica portuguesa. Neste blog partilho a minha caminhada em busca da santidade e o meu encontro com o amor misericordioso do Senhor. Espero que ele vos possa ajudar a encontrar a alegria do Evangelho!

Caderneta de Cromos para a Santa Missa - ano pastoral 2023-2024

À semelhança dos anos anteriores, este ano voltei a fazer uma Caderneta de Cromos com as leituras do Evangelho de cada Domingo e Dia Santo, para o próximo ano pastoral 2023-2024 (transição entre o ano litúrgico A e B). É uma Caderneta desenhada a pensar principalmente na Catequese, mas também pode ser usada em família. 

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Como já tinha explicado antes, o conceito é muito simples: no início do ano, entrega-se uma caderneta em branco a cada menino da catequese, que depois irá receber um cromo por cada Missa a que assistir (podem combinar dar o cromo respectivo logo a seguir à Missa, se o catequista estiver presente, ou então na catequese seguinte). Se não vierem à Missa nesse fim-de-semana (ou Solenidade), não recebem o cromo respectivo e ficará esse espaço em branco na caderneta. Cada cromo tem uma imagem e um versículo relativo ao Evangelho proclamado nesse dia, para os ajudar a conhecer e memorizar as Escrituras, de coração. A Caderneta tem ainda várias imagens e frases para os meninos pintarem e a embelezarem ao seu gosto. 

Caderneta foto 2.jpgTodas as imagens utilizadas na caderneta são de utilização livre (retiradas do Pixabay). Da minha parte, como sempre, têm total liberdade para imprimir e partilhar esta caderneta no vosso grupo de catequese, pelas vossas paróquias, pelas vossas famílias, por onde quiserem. Lembrem-se só de rezar uma Avé-Maria pela minha família!

Caderneta foto 3.jpg

Como fazer a Caderneta de Cromos da Santa Missa?

  1. Fazer o download da Caderneta em branco (documento pdf).
  2. Imprimir a Caderneta, idealmente em papel mais grosso e espesso (eu utilizei folhas de papel A4 com 160g), imprimindo sempre frente e verso!
  3. Agrafar as 2 folhas, pelo meio, de forma a criar um pequeno livro (como está mostrado aqui). Ou seja, no final, a Caderneta será constituída por 2 folhas A4, num total de 8 páginas (incluindo a capa).
  4. Fazer o download dos Cromos (documento pdf).
  5. Imprimir os Cromos a cores, em papel autocolante (que pode ser encontrado em lojas como a Staples). 
  6. Recortar os Cromos
  7. No final do ano, a Caderneta deverá ficar assim

Caderneta foto 4.jpg

“Foi-Me dado todo o poder no Céu e na Terra. Ide e fazei discípulos de todos os povos. Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos” (Mt 28, 18b-19. 20b)

 

Podem ver outros exemplos desta Caderneta de Cromos aqui:

Caderneta de Cromos para a Santa Missa - ano pastoral 2021-2022

Caderneta de Cromos da Santa Missa - 1º Período

Caderneta de Cromos da Santa Missa - 2º Período

 

Leitura do "Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem" de S. Luís Maria Grignion de Montfort - parte 11 a 20

Parte 11: Ponto 83 a 89

EXCERTO: "Digamos ousadamente, com São Bernardo, que temos necessidade de um medianeiro junto do Medianeiro por excelência, e que Maria Santíssima é a única capaz de exercer esta função admirável. Por ela Jesus Cristo veio a nós, e por ela devemos ir a Ele."

 

Parte 12: Ponto 90 a 96

EXCERTO: "A Santa Igreja, como o Espírito Santo, bendiz primeiro a Santíssima Virgem e depois Jesus Cristo: “benedicta tu in mulieribus et benedictus fructus ventris tui Iesus”. Não porque a Santíssima Virgem seja mais ou igual a Jesus Cristo: seria uma heresia intolerável, mas porque, para mais perfeitamente bendizer Jesus Cristo, cumpre bendizer antes a Maria. Digamos, portanto, com todos os verdadeiros devotos de Maria, contra seus falsos e escrupulosos devotos: Ó Maria, bendita sois vós entre todas as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus!"

 

Parte 13: Ponto 97 a 104

EXCERTO: "Cuidemos, portanto, de não pertencer ao número dos devotos críticos que em coisa alguma crêem e de tudo criticam; dos devotos escrupulosos que receiam ser demasiadamente devotos da Santíssima Virgem, por respeito a Jesus Cristo; dos devotos exteriores que fazem consistir toda a sua devoção em práticas exteriores; dos devotos presunçosos, que, sob o pretexto de sua falsa devoção continuam marasmados em seus pecados; dos devotos inconstantes que, por leviandade, variam suas práticas de devoção, ou as abandonam completamente à menor tentação; dos devotos hipócritas que se metem em confrarias e ostentam as insígnias da Santíssima Virgem a fim de passar por bons; e, enfim, dos devotos interesseiros, que só recorrem à Santíssima Virgem para se livrarem dos males do corpo ou obter bens temporais."

 

Parte 14: Ponto 105 a 114

EXCERTO: "[A] verdadeira devoção à Santíssima Virgem é constante, firma uma alma no bem, e ajuda-a a perseverar em suas práticas de devoção. Torna-a corajosa para se opor ao mundo em suas modas e máximas, à carne, em seus aborrecimentos e paixões, e ao demónio, em suas tentações. Assim, uma pessoa verdadeiramente devota da Santíssima Virgem não é volúvel, nem se deixa dominar pela melancolia, pelos escrúpulos ou pelos receios. Não quer isto dizer que não caia ou não mude, às vezes, na sensibilidade de sua devoção; mas, se cai, levanta-se logo, estende a mão à sua boa Mãe, e, se perde o gosto ou a devoção sensível, não se aflige irremediavelmente, pois o justo e devoto fiel de Maria vive da fé de Jesus e de Maria, e não nos sentimentos naturais."

 

Parte 15: Ponto 115 a 119

EXCERTO: "Depois de ler quase todos os livros que tratam da devoção à Santíssima Virgem e de conversar com as pessoas mais santas e instruídas destes últimos tempos, declaro firmemente que não encontrei nem aprendi outra prática de devoção à Santíssima Virgem semelhante a esta que vou iniciar, que exija de uma alma mais sacrifícios a Deus, que a despoje mais completamente de seu amor próprio, que a conserve com mais fidelidade na graça e a graça nela, que a una com mais perfeição e facilidade a Jesus Cristo, e, afinal, que seja mais gloriosa para Deus, santificante para a alma e útil ao próximo."

 

Parte 16: Ponto 120 a 125

EXCERTO: "A mais perfeita devoção é aquela pela qual nos conformamos, unimos e consagramos mais perfeitamente a Jesus Cristo, pois toda a nossa perfeição consiste em sermos conformados, unidos e consagrados a ele. Ora, pois que Maria é, de todas as criaturas, a mais conforme a Jesus Cristo, segue daí que, de todas as devoções, a que mais consagra e conforma uma alma a Nosso Senhor é a devoção à Santíssima Virgem, sua santa Mãe, e que, quanto mais uma alma se consagrar a Maria, mais consagrada estará a Jesus Cristo."

 

Parte 17: Ponto 126 a 134

EXCERTO: "Outros dirão, talvez: Se eu der à Santíssima Virgem todo o valor de minhas ações para que ela o aplique a quem quiser, terei de sofrer talvez muito tempo no purgatório. Esta objeção, produto do amor-próprio e da ignorância da liberalidade de Deus e de sua Mãe Santíssima, destrói-se por si mesmo. Uma alma cheia de fervor e generosa, que antepõe os interesses de Deus aos seus próprios, que tudo que tem dá a Deus inteiramente, sem reserva, que só aspira à glória e ao reino de Jesus Cristo por intermédio de sua Mãe Santíssima, e que se sacrifica completamente para obtê-lo, esta alma generosa, repito, e liberal, será castigada no outro mundo por ter sido mais liberal e desinteressada que as outras? Muito ao contrário, é a esta alma, como veremos a seguir, que Nosso Senhor e sua Mãe Santíssima se mostram mais generosos neste mundo e no outro, na ordem da natureza, da graça e da glória."

 

Parte 18: Ponto 135 a 143

EXCERTO: "(...) nesta devoção, que apresento, damos sem reserva a Jesus e Maria todos os nossos pensamentos, palavras, ações e sofrimentos, e todos os momentos da vida: de sorte que, ou despertados ou adormecidos, bebendo ou comendo, nas ações as mais importantes como nas mais corriqueiras, pode-se sempre dizer em verdade que o fazemos, embora nem sequer nos ocorra a ideia, pertence a Jesus e Maria em virtude da nossa oferta (...)"

 

Parte 19: Ponto 144 a 151

EXCERTO: "Esta bondosa Senhora purifica, embeleza e torna aceitáveis a seu Filho todas as nossas boas obras, porque, por esta devoção, as damos todas a ele pelas mãos de sua Mãe Santíssima. 1º Ela as purifica de toda mancha de amor-próprio e do apego imperceptível à criatura, apego que se insinua insensivelmente nas melhores ações. (...) 2º Ela embeleza nossas boas ações ornando-as com seu méritos e virtudes."

Leitura do "Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem" de S. Luís Maria Grignion de Montfort - parte 1 a 10

Parte 1: Introdução + ponto 1 a 13

EXCERTO: "Foi pela Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por ela que deve reinar no mundo. (...) Maria é a obra-prima por excelência do Altíssimo, cujo conhecimento e domínio ele reservou para si. Maria é a Mãe admirável do Filho, a quem aprouve humilhá-la e ocultá-la durante a vida para lhe favorecer a humildade, tratando-a de mulher (Jo 2, 4; 19, 26), como a uma estrangeira, conquanto em seu Coração a estimasse e amasse mais que todos os anjos e homens. Maria é a fonte selada (Ct 4, 12) e a esposa fiel do Espírito Santo, onde só ele pode penetrar. Maria é o santuário, o repouso da Santíssima Trindade, em que Deus está mais magnífica e divinamente que em qualquer outro lugar do universo, sem excetuar seu trono sobre os querubins e serafins; e criatura algumas, pura que seja, pode aí penetrar sem um grande privilégio."

 

Parte 2: Ponto 14 a 26

EXCERTO: "Se examinarmos atentamente o resto da vida de Jesus, veremos que foi por Maria que Ele quis começar Seus milagres. Pela palavra de Maria Ele santificou São João no seio de Santa Isabel; assim que as palavras brotaram dos lábios de Maria, João ficou santificado, e foi este Seu primeiro e maior milagre de graça. Foi ao humilde pedido de Maria, que Ele, nas núpcias de Caná, mudou água em vinho, sendo este Seu primeiro milagre sobre a natureza. Ele começou e continuou Seus milagres por Maria, e por Maria os continuará até ao fim dos séculos."

 

Parte 3: Ponto 27 a 36

EXCERTO: "Pois que a graça aperfeiçoa a natureza e a glória aperfeiçoa a graça, é certo que Nosso Senhor continua a ser, no céu, tão Filho de Maria, como o foi na terra. Por conseguinte, Ele conserva a submissão e obediência do mais perfeito dos filhos para com a melhor das mães. Cuidemos, porém, de não atribuir a essa dependência o menor abaixamento ou imperfeição em Jesus Cristo. Maria está infinitamente abaixo de seu Filho, que é Deus, e, portanto, não lhe dá ordens, como uma mãe terrestre as dá a seu filho. Maria, porque está toda transformada em Deus pela graça e pela glória que, em Deus, transforma todos os santos, não pede, não quer, não faz a menor coisa contrário à eterna e imutável vontade de Deus."

 

Parte 4: Ponto 37 a 48

EXCERTO: "Só Maria achou graça diante de Deus (Lc 1, 30) sem auxílio de qualquer outra criatura. E todos, depois dela, que acharam graça diante de Deus, acharam-na por intermédio dela e é só por ela que acharão graça os que ainda virão. Maria era cheia de graça quando o arcanjo Gabriel a saudou (Lc 1, 28) e a graça superabundou quando o Espírito Santo a cobriu com sua sombra inefável (Lc 1, 35). E de tal modo ela aumentou essa dupla plenitude, de dia a dia, de momento a momento, que chegou a um ponto imenso e inconcebível de graça, de sorte que o Altíssimo a fez tesoureira de todos os Seus bens, dispensadora de Suas graças, para enobrecer, elevar e enriquecer a quem ela quiser, para fazer entrar quem ela quiser no caminho estreito do céu, para deixar passar, apesar de tudo, quem ela quiser pela porta estreita da vida eterna."

 

Parte 5: Ponto 49 a 53

EXCERTO: "Deus quer, portanto, nesses últimos tempos, revelar-nos e manifestar Maria, a obra-prima de suas mãos: (...) pois que é o meio seguro e o caminho reto e imaculado para se ir a Jesus Cristo e encontrá-Lo plenamente, é por ela que as almas, chamadas a brilhar em santidade, devem encontrá-Lo. Quem encontrar Maria encontrará a vida (cf. Prov 8, 35), isto é, Jesus Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14, 6). Mas não pode encontrar Maria quem não a procura; quem não a conhece, e ninguém procura nem deseja o que não conhece. É preciso, portanto, que Maria seja, mais do que nunca, conhecida, para maior conhecimento e maior glória da Santíssima Trindade."

 

Parte 6: Ponto 54 a 59

EXCERTO: "Deus quer, finalmente, que sua Mãe Santíssima seja agora mais conhecida, mais amada, mais honrada, como jamais o foi. E isto acontecerá, sem dúvida, se os predestinados puserem em uso, com o auxílio do Espírito Santo, a prática interior e perfeita que lhes indico a seguir. E, se a observarem com fidelidade, verão, então, claramente, quanto lho permite a fé, esta bela estrela do mar, e chegarão a bom porto, tendo vencido as tempestades e os piratas."

 

Parte 7: ponto 60 a 66

EXCERTO: "Se estabelecermos, portanto, a sólida devoção à Santíssima Virgem, teremos contribuído para estabelecer com mais perfeição a devoção a Jesus Cristo, teremos proporcionado um meio fácil e seguro de achar Jesus Cristo. Se a devoção à Santíssima Virgem nos afastasse de Jesus Cristo, seria preciso rejeitá-la como uma ilusão do demônio."

 

Parte 8: ponto 67 a 71

EXCERTO: "Do que Jesus é para nós, concluímos que não nos pertencemos, como diz o apóstolo (1Cor 6, 19), e sim a Ele, inteiramente, como Seus membros e Seus escravos, comprados que fomos por um preço infinitamente caro, o preço de Seu sangue. Antes do Batismo, o demónio nos possuía como escravos, e o Batismo nos transformou em escravos de Jesus Cristo e só devemos viver, trabalhar e morrer para produzir frutos para o Homem-Deus (Rom 7, 4), glorificá-Lo em nosso corpo e fazê-Lo reinar em nossa alma, pois somos Sua conquista, Seu povo adquirido, Sua herança."

 

Parte 9: ponto 72 a 77

EXCERTO: "Só a escravidão, entre os homens, põe uma pessoa na posse e dependência completa de outra. Nada há, do mesmo modo, que mais absolutamente nos faça pertencer a Jesus Cristo e à Sua Mãe Santíssima do que a escravidão voluntária, conforme o exemplo do próprio Jesus Cristo, que, por nosso amor, tomou a forma de escravo: “Formam servi accipiens” (Filip 2, 7), e da Santíssima Virgem, que se declarou a escrava do Senhor (Lc 1, 38). O apóstolo honra-se várias vezes em suas epístolas com o título de “servus Christi”. A própria Sagrada Escritura chama muitas vezes os cristãos de “servi Christi” (...)"

 

Parte 10: ponto 78 a 82

EXCERTO: "Nossas melhores ações são ordinariamente manchadas e corrompidas pelo fundo de maldade que há em nós. Quando se despeja água limpa e clara em uma vasilha suja, que cheira mal, ou quando se põe vinho em uma pipa cujo interior está azedado por outro vinho que aí antes se depositara, a água límpida e o vinho bom adquirem facilmente o mau cheiro e o azedume dos recipientes. Do mesmo modo, quando Deus põe no vaso de nossa alma, corrompido pelo pecado original e pelo pecado atual, Suas graças e orvalhos celestiais manchados pelo mau germe e mau fundo que o pecado deixou em nós; nossas ações, até as mais sublimes virtudes, disto se ressentem. É, portanto, de grande importância, para adquirir a perfeição, que só se consegue pela união com Jesus Cristo (...)"

Leitura da Carta Encíclica "Deus Caritas Est" do Papa Bento XVI (2005) - parte 6 a 10

Sobre o Amor Cristão

 

Parte 6/10

EXCERTO: "A natureza íntima da Igreja exprime-se num tríplice dever: anúncio da Palavra de Deus (kerygma-martyria), celebração dos Sacramentos (leiturgia), serviço da caridade (diakonia). São deveres que se reclamam mutuamente, não podendo um ser separado dos outros. Para a Igreja, a caridade não é uma espécie de actividade de assistência social que se poderia mesmo deixar a outros, mas pertence à sua natureza, é expressão irrenunciável da sua própria essência."

 

Parte 7/10

EXCERTO: "O amor — caritas — será sempre necessário, mesmo na sociedade mais justa. Não há qualquer ordenamento estatal justo que possa tornar supérfluo o serviço do amor. Quem quer desfazer-se do amor, prepara-se para se desfazer do homem enquanto homem. Sempre haverá sofrimento que necessita de consolação e ajuda. Haverá sempre solidão. Existirão sempre também situações de necessidade material, para as quais é indispensável uma ajuda na linha de um amor concreto ao próximo. Um Estado, que queira prover a tudo e tudo açambarque, torna-se no fim de contas uma instância burocrática, que não pode assegurar o essencial de que o homem sofredor — todo o homem — tem necessidade: a amorosa dedicação pessoal. Não precisamos de um Estado que regule e domine tudo, mas de um Estado que generosamente reconheça e apoie, segundo o princípio de subsidiariedade, as iniciativas que nascem das diversas forças sociais e conjugam espontaneidade e proximidade aos homens carecidos de ajuda."

 

Parte 8/10

EXCERTO: "O tempo moderno, sobretudo a partir do Oitocentos, aparece dominado por diversas variantes duma filosofia do progresso, cuja forma mais radical é o marxismo. Uma parte da estratégia marxista é a teoria do empobrecimento: esta defende que, numa situação de poder injusto, quem ajuda o homem com iniciativas de caridade, coloca-se de facto ao serviço daquele sistema de injustiça, fazendo-o resultar, pelo menos até certo ponto, suportável. Deste modo fica refreado o potencial revolucionário e, consequentemente, bloqueada a reviravolta para um mundo melhor. Por isso, se contesta e ataca a caridade como sistema de conservação do status quo. Na realidade, esta é uma filosofia desumana."

 

Parte 9/10

EXCERTO: "Quem se acha em condições de ajudar há-de reconhecer que, precisamente deste modo, é ajudado ele próprio também; não é mérito seu nem título de glória o facto de poder ajudar. Esta tarefa é graça. Quanto mais alguém trabalhar pelos outros, tanto melhor compreenderá e assumirá como própria esta palavra de Cristo: «Somos servos inúteis» (Lc 17, 10). Na realidade, ele reconhece que age, não em virtude de uma superioridade ou uma maior eficiência pessoal, mas porque o Senhor lhe concedeu este dom. Às vezes, a excessiva vastidão das necessidades e as limitações do próprio agir poderão expô-lo à tentação do desânimo. Mas é precisamente então que lhe serve de ajuda saber que, em última instância, ele não passa de um instrumento nas mãos do Senhor; libertar-se-á assim da presunção de dever realizar, pessoalmente e sozinho, o necessário melhoramento do mundo. Com humildade, fará o que lhe for possível realizar e, com humildade, confiará o resto ao Senhor."

 

Parte 10/10

EXCERTO: "Maria é grande, precisamente porque não quer fazer-Se grande a Si mesma, mas engrandecer a Deus. Ela é humilde: não deseja ser mais nada senão a serva do Senhor (cf. Lc 1, 38.48). Sabe que contribui para a salvação do mundo, não realizando uma sua obra, mas apenas colocando-Se totalmente à disposição das iniciativas de Deus. É uma mulher de esperança: só porque crê nas promessas de Deus e espera a salvação de Israel, é que o Anjo pode vir ter com Ela e chamá-La para o serviço decisivo de tais promessas. É uma mulher de fé: «Feliz de Ti, que acreditaste», diz-lhe Isabel (cf. Lc 1, 45). O Magnificat — um retrato, por assim dizer, da sua alma — é inteiramente tecido com fios da Sagrada Escritura, com fios tirados da Palavra de Deus. Desta maneira se manifesta que Ela Se sente verdadeiramente em casa na Palavra de Deus, dela sai e a ela volta com naturalidade. Fala e pensa com a Palavra de Deus; esta torna-se palavra d'Ela, e a sua palavra nasce da Palavra de Deus. Além disso, fica assim patente que os seus pensamentos estão em sintonia com os de Deus, que o d'Ela é um querer juntamente com Deus. Vivendo intimamente permeada pela Palavra de Deus, Ela pôde tornar-Se mãe da Palavra encarnada. "

 

Caminho de Emaús - um convite

Hoje queria lançar-vos um convite: uma caminhada pela Bíblia ao ritmo duma verdadeira caravana. 

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Já estão abertas as inscrições no site das Famílias de Caná, para a 2ª edição do curso bíblico online "Caminho de Emaús". Serão 20 sessões, uma vez por semana, às quartas-feiras das 21h às 22h, via Zoom, a começar no dia 1 de Março de 2023 e com previsão de terminar em Julho de 2023. Iremos percorrer as Sagradas Escrituras duma ponta à outra, conhecendo cada vez mais e melhor esta história de amor de Deus com o Seu povo, com cada um de nós, com cada uma das nossas famílias. A Teresa Power falar-nos-á de 7 grandes temas presentes em toda a Bíblia: a Aliança, o Templo, o Cordeiro de Deus, o Pão da Vida e o Vinho da Salvação, o Matrimónio Espiritual, Maria, a Benção e a Maldição e, por fim, na Missa. 

Só precisam duma Bíblia e dum coração sedento pelo Senhor! Encontramo-nos lá? 

Leitura da Carta Encíclica "Deus Caritas Est" do Papa Bento XVI (2005) - parte 1 a 5

Sobre o Amor Cristão

 

Parte 1/10

EXCERTO: "Dois dados resultam claramente desta rápida visão sobre a concepção do «eros» na história e na actualidade. O primeiro é que entre o amor e o Divino existe qualquer relação: o amor promete o infinito, a eternidade — uma realidade maior e totalmente diferente do dia-a-dia da nossa existência. E o segundo é que o caminho para tal meta não consiste em deixar-se simplesmente subjugar pelo instinto. São necessárias purificações e amadurecimentos, que passam também pela estrada da renúncia. Isto não é rejeição do «eros», não é o seu «envenenamento», mas a cura em ordem à sua verdadeira grandeza."

 

Parte 2/10

EXCERTO: "Faz parte da evolução do amor para níveis mais altos, para as suas íntimas purificações, que ele procure agora o carácter definitivo, e isto num duplo sentido: no sentido da exclusividade — «apenas esta única pessoa» — e no sentido de ser «para sempre». O amor compreende a totalidade da existência em toda a sua dimensão, inclusive a temporal. Nem poderia ser de outro modo, porque a sua promessa visa o definitivo: o amor visa a eternidade. Sim, o amor é «êxtase»; êxtase, não no sentido de um instante de inebriamento, mas como caminho, como êxodo permanente do eu fechado em si mesmo para a sua libertação no dom de si e, precisamente dessa forma, para o reencontro de si mesmo, mais ainda para a descoberta de Deus."

 

Parte 3/10

EXCERTO: "(...) O eros está de certo modo enraizado na própria natureza do homem; Adão anda à procura e «deixa o pai e a mãe» para encontrar a mulher; só no seu conjunto é que representam a totalidade humana, tornam-se «uma só carne». Não menos importante é o segundo aspecto: numa orientação baseada na criação, o eros impele o homem ao matrimónio, a uma ligação caracterizada pela unicidade e para sempre; deste modo, e somente assim, é que se realiza a sua finalidade íntima. À imagem do Deus monoteísta corresponde o matrimónio monogâmico. O matrimónio baseado num amor exclusivo e definitivo torna-se o ícone do relacionamento de Deus com o seu povo e, vice-versa, o modo de Deus amar torna-se a medida do amor humano."

 

Parte 4/10

EXCERTO: "Na liturgia da Igreja, na sua oração, na comunidade viva dos crentes, nós experimentamos o amor de Deus, sentimos a sua presença e aprendemos deste modo também a reconhecê-la na nossa vida quotidiana. Ele amou-nos primeiro, e continua a ser o primeiro a amar-nos; por isso, também nós podemos responder com o amor. Deus não nos ordena um sentimento que não possamos suscitar em nós próprios. Ele ama-nos, faz-nos ver e experimentar o seu amor, e desta «antecipação» de Deus pode, como resposta, despontar também em nós o amor. No desenrolar deste encontro, revela-se com clareza que o amor não é apenas um sentimento. Os sentimentos vão e vêm. O sentimento pode ser uma maravilhosa centelha inicial, mas não é a totalidade do amor. Ao início, falámos do processo das purificações e amadurecimentos, pelos quais o eros se torna plenamente ele mesmo, se torna amor no significado cabal da palavra. É próprio da maturidade do amor abranger todas as potencialidades do homem e incluir, por assim dizer, o homem na sua totalidade."

 

Parte 5/10

EXCERTO:  "O Espírito é também força que transforma o coração da comunidade eclesial, para ser, no mundo, testemunha do amor do Pai, que quer fazer da humanidade uma única família, em seu Filho. Toda a actividade da Igreja é manifestação dum amor que procura o bem integral do homem: procura a sua evangelização por meio da Palavra e dos Sacramentos, empreendimento este muitas vezes heróico nas suas realizações históricas; e procura a sua promoção nos vários âmbitos da vida e da actividade humana. Portanto, é amor o serviço que a Igreja exerce para acorrer constantemente aos sofrimentos e às necessidades, mesmo materiais, dos homens."

Sugestões de presentes católicos portugueses

Hoje, por sugestão duma grande amiga, quero partilhar convosco a origem dos presentes que a nossa família decidiu oferecer, a familiares e amigos, neste Natal. Todos os anos esforçamo-nos por comprar (ou fazer) presentes simples mas com significado, sem excessos ou exageros, como o Papa Francisco nos exortou neste último Tempo de Advento.

Assim, este ano, comprámos e oferecemos os nossos presentes de Natal através dos produtos de 3 lojinhas:

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A loja ADORAMUS nasceu da vontade de partilhar e divulgar os diversos produtos, produzidos artesanalmente, em vários Conventos e Mosteiros espalhados de Norte a Sul do nosso país (cuja lista podem conhecer aqui). São produtos produzidos nas poucas horas dedicadas ao trabalho destas Comunidades maioritariamente dedicadas à oração e à contemplação. Das suas mãos, preservando e reinventando tradições monásticas de longa data, nascem doces, compotas e biscoitos, mel e chás, licores, sabonetes e batons, terços e rosários, obras de arte variadas ... enfim, uma diversidade de produtos únicos. Ao divulgarem estes produtos, esta loja pretende auxiliar estes Mosteiros e Conventos a subsistirem e a continuarem a sua principal missão: oração pelo Papa, pela Santa Igreja e por todo o mundo. 
 
 

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A ConceptioArt é uma loja criada pelas irmãs Concepcionistas Franciscanas de Viseu, uma Ordem fundada por Santa Beatriz da Silva, de carisma contemplativo e Mariano. Estas irmãs, que vivem em clausura, dedicam-se maioritariamente à oração e à Adoração Eucarística e, nos poucos tempos livres, produzem autênticas iguarias de trufas, bolos e diversos biscoitos, assim como alguns artigos religiosos como terços, bolsinhas e alfaias litúrgicas. 

 

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Por fim, apresento-vos a loja daquela que é possivelmente a Comunidade religiosa mais recente em Portugal (estabelecida apenas em 2021!), as Monjas Trapistas de Palaçoulo (Miranda do Douro). Pertencem à Ordem Cisterciense, regida pela regra de São Bento, vivendo uma vida de comunhão, silêncio, oração em comum, meditação da palavra de Deus e trabalho, produzindo diversas iguarias, como biscoitos, amêndoas e torrones, assim como alguns livros, terços e porta-chaves. Estas monjas encontram-se ainda a construir o seu (novo) Mosteiro, mas já este Verão conseguiram abrir as portas da sua Casa de Retiros, tanto para grupos como para jovens solteiras que pretendam explorar durante alguns dias esta vocação.

 

Não tirei nenhuma foto aos nossos presentes de Natal, mas tirei esta aos doces e compotas que oferecemos aos convidados da festa do 1º aniversário da nossa Isabel, no início do mês de Dezembro, e que provêm destas lojas.

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Curso sobre a Santa Missa - passo a passo

Se um dos vossos propósitos para o vosso plano de vida espiritual é aprofundar o vosso conhecimento e amor pela Santa Missa (é um dos meus propósitos para 2023!), então vão apreciar bastante o pequeno Curso que hoje partilho convosco. Podem assistir no Youtube, em pequenos vídeos de 10 minutos cada e até ao momento já foram publicados 9 vídeos deste Curso. Ele é da autoria do Pe. João Paulo Pimentel, sacerdote da Prelatura do Opus Dei e actualmente pároco da Paróquia de Telheiras, e é duma riqueza incomparável! Recomendo-o vivamente a todos os leitores deste blog! 

 

Aula 0 - Introdução

 

Aula 1 - Aspectos essenciais sobre a Santa Missa

 

Aula 2 - Os paramentos

 

Aula 3 - Ritos introdutórios I

 

Aula 4 - Ritos introdutórios II

 

Aula 5 - Ritos introdutórios III (Kyrie)

 

Aula 6 - Ritos introdutórios IV (Glória e Oração colecta)

 

Aula 7 - Liturgia da Palavra

 

Aula 8 - 1ª Leitura e Salmo

 

Aula 9 - 2ª Leitura e Evangelho

 

Obrigado Pe João Paulo Pimentel, por partilhar connosco tanta riqueza!