Sou uma jovem esposa e mãe católica portuguesa. Neste blog partilho a minha caminhada em busca da santidade e o meu encontro com o amor misericordioso do Senhor. Espero que ele vos possa ajudar a encontrar a alegria do Evangelho!
Sou uma jovem esposa e mãe católica portuguesa. Neste blog partilho a minha caminhada em busca da santidade e o meu encontro com o amor misericordioso do Senhor. Espero que ele vos possa ajudar a encontrar a alegria do Evangelho!
Se me propusesse, por exemplo, a evitar todo o pecado de vaidade, e não obstante caísse, mesmo gravemente, não havia de repreender o meu coração deste modo:
«Tu és verdadeiramente um miserável, um abominável, porque te deixaste seduzir pela vaidade depois de tantas resoluções! Que vergonha! não levantes mais os olhos para o Céu, cego, imprudente e infiel ao teu Deus!...» e coisas semelhantes.
(...) Corrigi (o vosso coração) com modos compassivos:
«Pois bem, meu pobre coração, eis-nos de novo caídos na cilada que tinhamos resolvido evitar! Ah! levantemo-nos de novo e livremo-nos dela para sempre; imploremos a misericórdia de Deus; esperemos que Ele nos sustenha para o futuro e reentremos nos caminhos da humildade! Coragem! Deus nos há-de ajudar e ainda faremos alguma coisa de bom ..."
Pe. José Tissot
Capítulo II do livro "A Arte de aproveitar-se das próprias faltas", da autoria do Pe José Tissot
"Logo desde a manhã, disponde a vossa alma para andar tranquila, e tende o cuidado de, no decorrer do dia, a chamar muitas vezes e colocá-la em vossas mãos.
Se vos suceder algum caso triste, não vos espanteis; humilhai-vos tranquilamente na presença de Deus e procurai pôr o espírito em atitude de quem está tranquilo e quieto.
Dizei à vossa alma: «Eia, demos um passo em falso; vamos agora devagarinho e tenhamos cautela connosco!» Fazei isto todas as vezes que cairdes."
São Francisco de Sales
Capítulo II do livro "A Arte de aproveitar-se das próprias faltas", da autoria do Pe José Tissot
"Não nos embaracemos com a tristeza e o desassossego. Tais perturbações é o amor-próprio que as produz, incutindo-nos o pesar de não sermos perfeitos, e mais pelo amor de nós mesmos do que de Deus ... Gostamos muito de chorar os nossos defeitos: tanto isto nos consola o amor-próprio.
Parece-nos que tudo está perdido quando algumas contrariedades se nos defrontam, até quando descobrimos apenas um leve traço de falta de mortificação, ou cometemos algum pecadilho insignificante."
"O nosso primeiro mal é a estima de nós mesmos. Daí vem ficarmos surpreendidos, perturbados e impacientes quando nos acontece pecar ou cair em alguma imperfeição, visto pensarmos que somos alguma coisa boa, firme e sólida; todavia, ao ver que nada somos e darmos com o nariz na terra, perturbamo-nos, ficamos tristes e descontentes por verificarmos que nos enganamos."
São Francisco de Sales
Capítulo II do livro "A Arte de aproveitar-se das próprias faltas", da autoria do Pe José Tissot
"Um modo de fazer um bom uso da mansidão é aplicá-la a nós mesmos, não nos irritando contra nós e contra as nossas imperfeições (...); um verdadeiro arrependimento das nossas faltas não exige que tenhamos uma dor repassada de aborrecimento e indignação (...) porque assim conservam aceso no nosso coração o fogo da cólera e, bem longe de abrandar deste modo a paixão, estão sempre prestes a exasperar-se à primeira ocasião que se oferecer.
Ademais, estas iras, despeitos e exasperações contra nós mesmos, conduzem ao orgulho e outra origem não têm senão o amor-próprio que, por nós sermos tão imperfeitos, se perturba e inquieta."
São Franscisco de Sales
Capítulo II do livro "A Arte de aproveitar-se das próprias faltas", da autoria do Pe José Tissot