Sou uma jovem esposa e mãe católica portuguesa. Neste blog partilho a minha caminhada em busca da santidade e o meu encontro com o amor misericordioso do Senhor. Espero que ele vos possa ajudar a encontrar a alegria do Evangelho!
Sou uma jovem esposa e mãe católica portuguesa. Neste blog partilho a minha caminhada em busca da santidade e o meu encontro com o amor misericordioso do Senhor. Espero que ele vos possa ajudar a encontrar a alegria do Evangelho!
Hoje é um dia de grande festa para a Igreja - dia da Imaculada Concepção de Nossa Senhora.
Como explicar o mistério da Imaculada Concepção duma forma simples, em especial às crianças?
Já não me recordo onde li ou ouvi a seguinte explicação, mas ajudou-me bastante a compreender e a explicar um pouquinho melhor este grande mistério às crianças.
Imaginem que vão a caminhar numa estrada e, sem darem por isso, caem dentro duma grande poça de água e lama. Ficam todos sujos, escorregam na lama e não conseguem levantar-se. Então aparece Jesus, estende-te a mão e ajuda-te a sair da poça de lama, que são os nossos pecados. E Ele ainda te ajuda a limpar toda aquela sujidade - perdoando os nossos pecados, e nós voltamos a ficar limpinhos.
Agora imaginem que, em vez de vocês, é Nossa Senhora que está a andar nessa estrada e não repara que existe essa enorme poça de lama. Está prestes a cair e a sujar-se - mas eis que surge Jesus, que a agarra e a impede de cair e de se sujar, ou seja, impedindo-a de pecar.
Em ambos os casos, Jesus é o nosso Salvador - mas de maneiras diferentes.
A graça que Nossa Senhora recebeu - sendo imaculada e sem qualquer vestígio de pecado desde a altura da sua concepção - é incomparável e inimaginável. Não foi Nossa Senhora que alcançou essa graça - ela foi-lhe dada por Deus, em vista das grandes maravilhas que iriam ser realizados, através dela, por Jesus.
Mas talvez o Padre Paulo Ricardo seja a pessoa mais indicada para vos explicar este grande mistério:
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!
A minha vida, neste momento, situa-se no último parágrafo, nas últimas palavras, dum longo capítulo que está prestes a terminar. E um novo começará em Janeiro.
Passei este último ano a reflectir na minha caminhada - na minha enorme caminhada - ao longo destes 6 anos de faculdade de medicina. Deus foi-me buscar pela mão ao paganismo e trouxe-me para casa, na Igreja Católica. Foi preciso destruir muitos ídolos, muitas ideias, muitos pensamentos profundamente errados. Mas houve muito mais para construir, para sedimentar, para criar alicerces e começar a erguer algumas estruturas. Que Deus permita que estes alicerces sejam bem profundos ...
Nos últimos dias estive também a pensar nos acontecimentos do último ano e meio de estudo e trabalho intensivos. Foi tudo muito diferente do que eu tinha imaginado. Deus carinhosamente ajudou-me e ensinou-me a utilizar um período tipicamente associado a uma intensa competição entre pares e a extremas formas de egoísmo e egocentrismo, num período de aprofundamento de humildade, oração e oferecimento de pequenos sacrifícios.
Deus mostrou-me, de formas que apenas Ele podia encontrar, que eu não consigo fazer tudo (um conceito imensamente libertador) mas, por outro lado, consigo fazer muito mais do que alguma vez imaginei - com Ele.
Falando mais claramente - um dos (vários) actos de loucura de amor por Deus que fiz nestes últimos meses foi tornar-me catequista. Quando, em Maio, me estava a preparar para me consagrar a Nossa Senhora, apercebi-me que São Luís recomendava no Tratado que se oferecesse um presente a Nossa Senhora no dia da consagração. Esse presente devia ser um sacrifício:
"Será bom que nesse dia paguem algum tributo a Jesus Cristo e a sua Santíssima Mãe, quer como penitência da sua passada infidelidade às promessas do Batismo, quer para protestar a sua dependência do domínio de Jesus e Maria. Esse tributo será segundo a devoção e a capacidade de cada um. Poderá ser um jejum, uma mortificação, uma esmola, uma vela. Ainda mesmo que não dessem mais que a homenagem de um alfinete, mas de todo o coração, isso bastaria, pois Jesus só olha a boa vontade." TVD 232
Após vários dias de oração e reflexão, uma ideia começou a surgir e a florescer. Isso é loucura filha, não faças isso logo nessa altura, segundo a minha mãe. Não te metas nisso, disse-me o meu pai. Mas achas que tens tempo para isso? disse-me a minha avó.
Sim, quando estamos apaixonados fazemos loucuras. E, por Deus, o meu grande Amor, tenho feito muitas "loucuras" aos olhos da minha família. Mesmo "não tendo tempo", mesmo tendo de abdicar de muita coisa, mesmo que seja difícil e que custe e que o resultado mal se veja.
Não foi fácil tomar uma decisão. Adiei e adiei até ser o dia da consagração...
Mas como se pode dizer que não ao nosso Amado? Eu já não consigo ... basta Ele pedir-me, e aqui vou eu; basta Ele sussurrar amorosamente ao meu ouvido e eu digo Sim, eu aceito.
No dia da minha consagração, ofereci-me à minha paróquia para me tornar leitora na missa e também catequista.
Tomar a decisão de ser catequista envolveu preparação durante o Verão e formação no mês de Setembro - sim, enquanto estudava e me preparava para o exame final. Envolveu começar a dar catequese sozinha a um grupo de 25 meninos do 2º ano, nas semanas que antecederam o meu exame final.