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Uma Jovem Católica

Sou uma jovem esposa e mãe católica portuguesa. Neste blog partilho a minha caminhada em busca da santidade e o meu encontro com o amor misericordioso do Senhor. Espero que ele vos possa ajudar a encontrar a alegria do Evangelho!

Uma Jovem Católica

Sou uma jovem esposa e mãe católica portuguesa. Neste blog partilho a minha caminhada em busca da santidade e o meu encontro com o amor misericordioso do Senhor. Espero que ele vos possa ajudar a encontrar a alegria do Evangelho!

Única e insubstituível ....

Já não sei quantas vezes li o primeiro capítulo do livro do Genésis (dez? quinze vezes?), que nos relata a belíssima história, cheia de poesia e de simbolismo, da criação do mundo e do homem, a maior maravilha que Deus alguma vez podia ter criado … Contudo, um dia destes, ao lê-la de novo, parecia que a estava ler pela primeira vez, tal foi a admiração, o encanto e deslumbramento daquilo que “li”, pela graça do Espírito Santo …

 

Será que nos apercebemos, realmente, o quanto Deus nos desejou e amou, desde o princípio do mundo?

Será que nos apercebemos, realmente, de todo o cuidado, carinho e amor Deus colocou ao desenhar cada pequena característica de cada um de nós?

Será que nos apercebemos, realmente, do quanto cada um de nós é especialmente único e insubstituível? Não apenas em relação às nossas características, mas também a nível do nosso papel absolutamente irrepetível, excepcional, único, no belo e imenso divino plano, que Deus sonhou para toda a humanidade, por toda a eternidade?

 

Ouçam então comigo - o nosso grande e eterno Amado a falar-nos ao coração ….

 

“No princípio, quando Deus criou os céus e a terra, a terra era informe e vazia, as trevas cobriam o abismo” Gn 1,1-2

 

Quando Eu pensei num mundo sem ti, oh como era profunda a escuridão que o envolvia, como a terra era informe e vazia …

 

“Deus disse: «Reúnam-se as águas que estão debaixo dos céus, num único lugar, a fim de aparecer a terra seca.» E assim aconteceu.” Gn 1,9

 

Quando Eu pensei num mundo sem ti, os Céus começaram a chorar, de tal maneira que os oceanos nasceram ….

 

Não, de modo nenhum! Um mundo sem ti não era possível existir …

 

“Deus disse: «Faça-se a luz.» E a luz foi feita.” Gn 1,3

 

Ao som do teu nome, Eu criei a luz que apenas a tua alma podia conter, o reflexo da Minha luz que apenas à tua alma pertence, que apenas tu podes reflectir desta forma …

 

“Depois, Deus disse: «Façamos o ser humano à nossa imagem, à nossa semelhança (…) Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher.” Gn 1,26-27

 

Eu te criei, única, irrepetível – nunca ninguém foi como tu, nunca ninguém será.

A história da tua alma, única, irrepetível, tem uma importância inigualável na história deste mundo, por toda a eternidade …

 

“Deus, vendo toda a Sua obra, considerou-a muito boa.” Gn 1,31

 

Quando Eu completei a Minha obra – tu – em toda a tua beleza, complexidade e profundidade … não podia haver mais palavras para descrever o Meu êxtase …

 

“Assim foram terminados os céus e a Terra e todo o seu conjunto. Concluída, no sétimo dia, toda a obra que tinha feito, Deus repousou, no sétimo dia, de todo o trabalho por Ele realizado.” Gn 2,1

 

A tua alma, minha Amada, é o sabat que eu escolhi para repousar …

 

Unica e irrepetivel.JPG

 

Mas isto ainda não era o suficiente – o Meu amor não conhece fim, é eterno, infinito, imensurável, interminável e jamais poderá mudar …

 

Quando Eu pensei num Céu sem ti, por causa do teu pecado… não, não, NÂO! Eu não poderia suportar a dor de te perder!...

Então Eu enviei até ti o Meu Filho, como prova e sacrifício do Meu infinito amor, de forma a garantir que, se tu assim aceitares, possas viver Comigo em comunhão do mais puro amor para sempre …

 

Queridos amigos, alegrem-se comigo: o Senhor abençoou-me abundantemente, oferecendo-me hoje o início do meu 25º ano de vida nesta terra!

Que, pela Sua graça, eu passe cada momento do próximo ano a espalhar esta Boa-Nova: Deus amou-nos de tal forma que nos enviou o Seu Filho para nos salvar da corrupção destruidora do pecado, a fim de nos unir a Ele, em pura comunhão de amor, para todo o sempre! Amén!

O meu pecado que revejo no outro ...

Porque é que todos os meses confesso sempre o mesmo pecado - respondi mal à mãe, com impaciência e brusquidão; refilei forte e feio com a avó; murmurei palavras maldosas e cheias de veneno contra o meu pai ...??

 

O período de férias é sempre uma boa altura para reflectir - nas férias a sério, claro, quando há espaço para o silêncio tão necessário para ouvir a voz de Deus; não naquelas férias em que escolhemos esconder-nos dos problemas e enterrar a cabeça na areia das praias  ...

 

Porque é que discuto tanto e tantas vezes com as pessoas que precisamente mais amo e que mais me amam?

Porque é que é tão fácil falar com elas com menos cuidado, menos caridade, irreflectidamente, levianamente, do que faria se fosse com colegas de trabalho?

Porque é que penso que é um "direito" que eu tenho, poder chegar a casa e largar toda a frustração do dia de trabalho em cima da primeira pessoa que encontro em casa?

Porque é que é tão fácil pensar e falar acerca dos desagradáveis defeitos de cada elemento da minha família?

Porque penso assim? Porque as vejo assim? Porque faço isto?

 

É fácil, oh tão fácil, pensar - a culpa é deleseles é que são isto e aquilo e assim e assado ... eles é que me estão sempre a chatear e a “picar”; eles é que não têm paciência nenhuma comigo; eles é que não compreendem; eles é que me fazem ser assim …

 

Que pecado tão grande o meu.

 

Folha 3.JPG

 

Se tivermos realmente vontade de melhorar, de nos santificar, de crescer em amor a Deus e ao próximo … no dia em que ganharmos coragem para enfrentar de frente, com a ajuda do Espírito Santo, este nosso pecado tão grande, tão grave …. e fizermos finalmente silêncio na nossa alma, sempre tão agitada e desassossegada, então …

 

…. poderemos por fim reconhecer que, em plena verdade, deveríamos antes pensar: 

Não acontecerá que sou eu que tenho precisamente os defeitos que mais me incomodam nos outros?

Quais são os meus defeitos – que eu não quero reconhecer por falta de humildade - que me levam a falar e responder assim, a julgar os outros assim?

 

Na minha mãe revejo este e este defeito, na avó aquele e o outro, no pai revejo perfeitamente este, este e ainda este ... e, por reconhecer a presença dos meus defeitos nos outros que me rodeiam, torno-me hostil para com eles, em vez de os compreender e ter paciência ...

 

Este exercício de reflexão dói e dói muito, mesmo muito ... mas também purifica o coração, traz clareza de pensamento e torna-nos, sem dúvida, mais humildes, mais santos ...

 

"Muitos focalizam as pessoas com as lentes deformadas dos seus próprios defeitos."

São Josemaria Escrivá, Sulco n. 644

 

«Devemos sempre julgar os outros benignamente, porque o que parece aos nossos olhos negligência pode muitas vezes ser um acto de heroísmo aos olhos do Senhor. Uma irmã que tenha uma dor de cabeça ou atravesse provações espirituais cumpre mais quando faz metade do seu trabalho do que outras irmãs sadias de corpo e alma que fazem tudo bem».

 

Palavras de Santa Teresinha 

 

Reflexão feita após o início da leitura do livro "Tornar a vida amável", do Pe Francisco Faus 

Oh férias ....

Estou por estes dias numa pequena aldeia perdida na serra, perto de Lamego, tal como todos os anos.

Um autêntico paraíso na terra, duma beleza e simplicidade sem igual - tudo o que é preciso está aqui: família, natureza e Deus. Não falta nada...

 

Lamego

 

É altura de estar - com a família que tanto se ama mas que só se pode ver uma vez por ano, e na presença de Deus ...

É altura de ser - o braço direito da mãe, a prima mais velha e conselheira, a que está sempre disposta a ajudar e a servir....

É altura de ouvir - as aventuras e os desabafos do ano que passou, o barulho encantador de todos os animais da quinta, os sinos da pequena igreja a tocar a canção de Fátima a cada meia hora, lembrando-nos continuamente de rezar e de agradecer....

É altura de rir - muito, muito, muito, todos juntos ...

É altura de ver - toda a beleza que nos rodeia, com os nossos olhos, sim, mas também com o coração...

É altura de perdoar - aqueles que convivem comigo todos os dias (e ui! que difícil) mas também a mim mesma (o que ainda é mais difícil)...

É altura de alimentar - escolhendo fazer os pratos que cada um mais gosta, dando a beber o cálice da paz de Cristo....

É altura de dar, de nos dar, de oferecer o melhor que temos, de partilhar e de aceitar...

 

 

É a altura ideal para nos apaixonar de novo ... pelo nosso verdadeiro e eterno Amor

 

"És grande, Senhor e infinitamente digno de ser louvado; grande é teu poder, e incomensurável tua Sabedoria. E o homem, pequena parte de tua criação (...), partícula de tua criação, deseja louvar-te. Tu mesmo que incitas ao deleite no teu louvor, porque nos fizeste para ti, e nosso coração está inquieto enquanto não encontrar em ti descanso."

 

"Como invocarei meu Deus, meu Deus e meu Senhor, se ao invocá-lo o faria certamente dentro de mim? E que lugar há em mim para receber o meu Deus, por onde Deus desça a mim, o Deus que fez o céu e a terra? Senhor, haverá em mim algum espaço que te possa conter? Acaso te contêm o céu e a terra, que tu criaste, e dentro dos quais também criaste a mim? Será, talvez, pelo fato de nada do que existe sem Ti, que todas as coisas te contêm?

E, assim, se existo, que motivo pode haver para Te pedir que venhas a mim, já que não existiria se em mim não habitásseis? (...) Eu nada seria, meu Deus, nada seria em absoluto se não estivesses em mim; talvez seria melhor dizer que eu não existiria de modo algum se não estivesse em ti, de quem, por quem e em quem existem todas as coisas?

Assim é, Senhor, assim é. Como, pois, posso  chamar-te se já estou em ti, ou de onde hás de vir a mim, ou a que parte do céu ou da terra me hei de recolher, para que ali venha a mim o meu Deus, ele que disse: Eu encho o céu e a terra?"

 

"Porventura o céu e a terra te contêm, porque os enches? Ou será melhor dizer que os enches, mas que ainda resta alguma parte de ti, já que eles não te podem conter? E onde estenderás isso que sobra de ti, depois de cheios o céu e a terra? Mas será necessário que sejas contido em algum lugar, tu que conténs todas as coisas, visto que as que enches as ocupas contendo-as?

Porque não são os vasos cheios de ti que te tornam estável, já que, quando se quebrarem, tu não te derramarás; e quando te derramas sobre nós, isso não o fazes porque cais, mas porque nos levantas, nem porque te dispersas, mas porque nos recolhes.
No entanto, todas as coisas que enches, enche-as todas com todo o teu ser; ou talvez, por não te poderem conter totalmente todas as coisas, contêm apenas parte de ti? E essa parte de ti as contêm todas ao mesmo tempo, ou cada uma a sua, as maiores a maior parte, e as menores a menor parte? Mas haverá em ti partes maiores e partes menores? Acaso não estás todo em todas as partes, sem que haja coisa alguma que te contenha totalmente?"

 

"Que és, portanto, ó meu Deus? (...) Tao oculto e tão presente, formosíssimo e fortíssimo, estável e incompreensível; imutável, mudando todas as coisas; nunca novo e nunca velho; renovador de todas as coisas, conduzindo à ruína os soberbos sem que eles o saibam; sempre agindo e sempre repouso; sempre sustentando, enchendo e protegendo; sempre criando, nutrindo e aperfeiçoando, sempre buscando, ainda que nada te falte.
Amas sem paixão; tens zelos, e estás tranqüilo; te arrependes, e não tens dor; te iras, e continuas calmo; mudas de obra, mas não de resolução; recebes o que encontras, e nunca perdeste nada; não és avaro, e exiges lucro. A ti oferecemos tudo, para que sejas nosso devedor; porém, quem terá algo que não seja teu, pois, pagas dívidas que a ninguém deves, e perdoas dívidas sem que nada percas com isso?
E que é o que até aqui dissemos, meu Deus, minha vida, minha doçura santa, ou que poderá alguém dizer quando fala de ti?"

 

"Quem me dera descansar em ti! Quem me dera que viesses a meu coração e que o embriagasses, para que eu me esqueça de minhas maldades e me abrace contigo, meu único bem! (...) E que sou eu para ti, para que me ordenes amar-te e, se não o fizer, irar-te contra mim, ameaçando-me com terríveis castigos? Acaso é pequeno o castigo de não te amar?"

 

Santo Agostinho, primeiras páginas das suas Confissões

 

Ainda sobre o pecado da preguiça ...

Em seguimento do post anterior - sobre o pecado da preguiça - lembrei-me de partilhar convosco alguns pequenos vídeos que tive a oportunidade de ver pela primeira vez há cerca de 1 ano, onde se fala e explica um pouco mais acerca deste pecado, das suas consequência e, mais importante de tudo, como combatê-lo!!

 

Acídia: Desânimo, Preguiça e Tédio

- Ana Paula Barros, do blog Salus in Caritate

 

O que é a Acídia - Padre Paulo Ricardo

 

Acedia: The Noonday Devil - Fr. Mike Schmitz

 

Aproveitem o fim-de-semana para reflectirem bem!

 

Calendário Católico - Agosto de 2018

~ Mês dedicado ao Imaculado Coração de Maria ~

Agosto 2018.jpg

Podem fazer à vontade o download grátis do Calendário mensal católico para 2018 que eu criei.

Peço-vos apenas que, ao fazerem o download do calendário, rezem uma Avé Maria por mim - obrigado! 

 

5 de Agosto (Domingo) - 18º Domingo do Tempo Comum

6 de Agosto (2ª feira) - Transfiguração do Senhor

12 de Agosto (Domingo) - 19º Domingo do Tempo Comum

15 de Agosto (4ª feira) - Assunção da Imaculada Virgem Maria

19 de Agosto (Domingo) - 20º Domingo do Tempo Comum

26 de Agosto (Domingo) - 21º Domingo do Tempo Comum