Sou uma jovem esposa e mãe católica portuguesa. Neste blog partilho a minha caminhada em busca da santidade e o meu encontro com o amor misericordioso do Senhor. Espero que ele vos possa ajudar a encontrar a alegria do Evangelho!
Sou uma jovem esposa e mãe católica portuguesa. Neste blog partilho a minha caminhada em busca da santidade e o meu encontro com o amor misericordioso do Senhor. Espero que ele vos possa ajudar a encontrar a alegria do Evangelho!
Está a ser muito difícil encontrar tempo para escrever aqui no blog. Assim, durante uns tempos, pelo menos, apenas poderei ir partilhando convosco pequenos pensamentos e reflexões, como a de hoje....
Ontem dei por mim a pensar, quando meditava nos Mistérios Luminosos, que a 3ª Pessoa da Santíssima Trindade é, sem dúvida, a parte mais humilde de Deus....
Toda a gente fala, e muito, acerca de Deus Pai e de Jesus.... mas do Espírito Santo.... bem, pelo menos eu, penso Nele e contemplo-O muitas poucas vezes, muito menos do que deveria....
O Espírito Santo faz tanta coisa no nosso mundo, nas nossas vidas mas recebe tão pouco mérito, é sempre tão esquecido ....
Quanta humildade!
Assim, que possamos hoje, às portas de uma das celebrações mais importante do nosso ano litúrgico, meditar, falar e tentar conhecer melhor o Espírito Santo.
Nós somos chamados a sermos uma luz - como uma pequena chama duma velinha branca - num mundo que está cheio de luz artificial eléctrica.
Quem vive no conforto da luz artificial não consegue ver a nossa luzinha de vela; aqueles que até a conseguem ver, não percebem para que serve ou não compreendem porque insistimos em mantê-la acesa - num mundo cheio de luz artificial. Para quê? Porquê?
No meu trabalho no hospital, quando alguém descobre que eu sou catequista, não é costume ouvir nenhum comentário entusiástico nem incentivador. Não é adequado um médico ter religião ... porque pode interferir.
Os meus colegas não compreendem porquê é que eu haveria de gastar o meu tempo com essas coisas.... eu devia era sair, viajar, gastar o meu ordenado em jantares e prendas e aproveitar a vida.
A minha família pergunta-me várias vezes porque é que eu passo tanto tempo na igreja, envolvida em tantas coisas? Missas e missas e missas, reuniões, encontros, actividades, catequese, vias sacras ... para quê? perguntam-me sempre.
Para ser sincera, eu própria às vezes me pergunto se todas as horas que eu invisto em preparar a catequese terá algum valor ... Tantas horas a desenvolver ideias para que as catequeses sejam estimulantes, que ensinem pelo exemplo, que toquem os corações de todos os meninos, que os façam não só saber mas compreender e querer viver ...
Aqueles meninos de 7 anos nunca se vão lembrar de mim quando forem adultos. Não se vão lembrar de grande parte das coisas que eu lhes tentei ensinar.
Que posso fazer eu, quando os pais não vêm à missa, não querem saber da igreja, e só põem os filhos na catequese como se fosse outra actividade extra-curricular como a natação ou o ballet? Ou apenas para poderem fazer a primeira comunhão?
Que diferença farei eu nas suas vidas? Que diferença faz aquilo que eu faço?...
Há dias difíceis, em que me deixo engolir por essas vozes e pensamentos, em que apetece desistir de tudo. Sim, há dias assim; poucos dias, pela graça de Deus, mas existem.
Nestas alturas, Deus tem sempre o enorme carinho de me enviar um anjo, na forma duma pessoa, que me incentiva, que me anima, que me compreende e que partilha comigo situações parecidas. Ou então descubro uma reflexão de alguém no facebook ou em algum site ou num livro, que reflecte as minhas duvidas e que me ajuda a encontrar soluções.
Sim, aquilo que eu faço, aos olhos do mundo, não é quase nada. Não tem qualquer valor. É insignificante. É tempo mal gasto. Não me faz ganhar nada, aliás, só me faz perder....
Não consigo deixar de sorrir ao escrever este texto. As pessoas não compreendem nada! Não compreendem o que verdadeiramente tem valor!
"Perante um mundo fragmentado, (...) perante a experiência dolorosa da nossa própria fragilidade, torna-se necessário e urgente, atrever-me-ia mesmo a dizer imprescindível, aprofundar a oração e a adoração. Ela nos ajudará a unificar o nosso coração e nos dará «entranhas de misericórdia», para sermos homens de encontro e comunhão, que assumem como vocação própria tomarem a seu cargo a ferida do irmão (...) dando testemunho de um Deus tão próximo, tão Outro: Pai, Irmão e Espírito; Pão, Companheiro de Caminho e dador de Vida (...)
Hoje, mais do que nunca, é necessário adorar para tornar possível a "proximidade" que reclamam estes tempos de crise. Só na contemplação do mistério do Amor que vence distâncias e se torna perto encontraremos a força para não cair na tentação de seguir de longe, sem nos determos no caminho... (...)
Também nós, perante esta nova invasão pseudocultural que nos apresenta os novos rostos pagãos dos «baalins» do passado, experimentamos a desproporção de forças e a pequenez do enviado. Mas é justamente a partir da experiência da própria fragilidade que se evidencia a força do alto, a presença d'Aquele que é o nosso garante e a nossa paz.
Por isso, quero convidar-vos (...) a que reconheçais na vossa fragilidade o tesouro escondido, que confunde os soberbos e derruba os poderosos. Hoje, o Senhor convida-nos a abraçar a nossa fragilidade como fonte de um grande tesouro evangelizador. (...)
Porque só aquele que se reconhece vulnerável é capaz de uma acção solidária. Pois comovermo-nos («movermo-nos com»), compadecermo-nos («padecermos com») de quem está caído à beira do caminho são atitudes de quem sabe reconhecer no outro a sua própria imagem, mescla de terra e tesouro, e por isso não a rejeita. Pelo contrário, ama-a, aproxima-se dela e, sem o procurar, descobre que as feridas que cura no irmão são unguento para as suas. A compaixão converte-se em comunhão, em ponte que aproxima e estreita laços. (...)
Não tenhais medo de cuidar da fragilidade do irmão com a vossa própria fragilidade: a vossa dor, o vosso cansaço, as vossas perdas; Deus transforma-os em riqueza, unguento, sacramento. (...) Há uma fragmentação que permite, no gesto terno do dar, alimentar, unificar, dar sentido à vida. (...) Que possais, em oração, apresentar ao Senhor os vossos cansaços e fadigas, bem como o das pessoas que o Senhor colocou no vosso caminho e deixai que o Senhor abrace a vossa fragilidade, o vosso barro, para o transformar em força evangelizadora e em fonte de fortaleza. (....)
É na fragilidade que somos chamados a ser catequistas. A vocação não seria plena se excluísse o nosso barro, as nossas quedas, os nossos fracassos, as nossas lutas quotidianas: é nela que a vida de Jesus se manifesta e se faz anúncio salvador. Graças a ela descobrimos as dores do irmão como sendo nossas."
Palavras do Papa Francisco, numa carta aos catequistas da diocese de Buenos Aires,
Agosto de 2003 (retirado do livro - O Verdadeiro Poder é Servir, da editora Nascente)
Não importa que ninguém veja aquilo que fazemos. Não importa se parece insignificante e sem valor. Deus vê tudo o que fazemos e vê, principalmente, o amor com que o fazemos.
Mantenhamos a nossa pequena chama acesa, num local onde todos a possam sempre ver. Sempre que a luz artificial se apague nas vidas das outras pessoas, como tantas vezes acontece, que elas possam sempre ver e contar com a nossa pequena luz, para as iluminar e lhes dar de novo vida.
Esta semana gostava de partilhar convosco uma citação maravilhosa, capaz de encher o coração de fé e de esperança, para as pequenas coisas do nosso dia a dia .... porque serão principalmente essas pequeninas coisas que nos tornarão santos um dia!
As cruzes grandes assustam, mas são raras. As pequeninas acompanham-nos por toda a parte. Não damos um passo sem as encontrar. Uma palavrinha seca, um olhar indiferente, uma pequenina dor, um contratempo, uma pessoa importuna, a chuva, o vento, a falta de qualquer objecto, são tantas as pequeninas cruzes e aborrecimentos no curto espaço de um dia!
Porque havemos de nos impacientar com isso e aspirar a sofrimentos, grandes perseguições, etc., que talvez nunca teremos que experimentar?
Contentemo-nos com as cruzes pequeninas! Elas são preciosas. Santa Teresinha amava-as tanto!
"Longe de me querer igualar às grandes Almas que, desde a sua infância, praticam toda a espécie de macerações - escreve a Santinha - fiz com que as minhas penitências consistissem em quebrar a minha vontade, reter uma palavra de réplica, prestar pequenos serviços sem dar a entender que o faço e mil outras coisas deste género."
Não é um meio eficaz de santificação? Talvez custem mais estas cruzes pequeninas do que muitas das grandes. Desde o amanhecer até ao repouso da noite, encontramos no nosso caminho dezenas e até centenas de cruzes pequeninas. Aproveitemos essa riqueza! Sejamos avaros das coisas celestes. Quanta abnegação e espírito de sacrifício na prática da aceitação quotidiana das cruzes pequeninas!
Monsenhor Ascânio Brandão - O Breviário da Confiança
Já se passou quase 1 mês desde o meu retiro do Crisma (que foi no sábado, dia 26 de Setembro, véspera do Retiro das Famílias de Caná na Quinta do Conde). Sei que já se passou muito tempo, mas como mais vale tarde que nunca, venho hoje falar-vos um pouco sobre o nosso retiro....
Começámos logo pelas 9h da manhã com muita alegria! Mal entramos na sala do retiro, deparamo-nos com esta autêntica obra de arte feita pela catequista dos jovens:
Lindo não é? Vejam bem os pormenores:
Os 7 Dons do Espírito Santo
O tema do nosso retiro foi: "A Vida se manifestou, nós vimos e damos testemunho!"
Foi com muita surpresa que ouvi a catequista dos jovens dizer que tinha escolhido como santa padroeira do nosso grupo a Beata Chiara Luce! Lembram-se dela? É frequente a Teresa falar dela no seu blogue, e por causa disso, já sabia a sua história. Contudo, nunca tinha tido a oportunidade de ver o seu filme biográfico!
Sem dúvida que não podiam ter escolhido uma padroeira melhor. A sua história de vida é imensamente inspiradora!
No meu caderno de apontamentos do retiro escrevi as 3 frases da autoria da Chiara Luce que mais me marcaram:
Lembram-se do meu post (super pessimista) acerca do já não conseguir fazer mais? De decidir pôr tudo o que fosse extra-faculdade para 2o plano? De já não conseguir aceitar mais nenhum compromisso?
Pois, Deus afinal tinha outros planos! :)
Poucos dias depois de ter escrito aquele post começaram, literalmente, a chover convites para integrar novos grupos na igreja, assim como vários pedidos de ajuda/cooperação em diversas actividades!
E de repente, a minha vida tornou-se novamente super interessante (ou seja, aconteceram várias coisas bastante blogaveis - e acho que acabei de inventar uma palavra)
A verdade é que, a cada dia que passa (e depois do meu fantástico e maravilhoso Crisma de ontem!) torna-se cada vez mais difícil dizer que não a Jesus!!
Sim, Jesus, eu aceito.
Sim, Jesus, por Ti também farei isto.
Sim, Jesus, se Tu queres, então eu também quero!
Nós Jesus, faremos isso tudo!
Porque, como decidi desde o retiro do Crisma, há algumas semanas atrás, o meu lema de vida e de missão evangélica será, como disse um dia a nossa querida Beata Chiara Luce:
Se é para ser santa, quero ser santa já!
E claro, tanto o exemplo diário da Teresa como o da Olivia são sem dúvida um fonte inesgotável de inspiração, força e coragem! O meu mais sincero obrigado a ambas! :)
Oh bem, aqui vamos nós outra vez! - Jesus, Espírito Santo e eu! :)
Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por nós!
Ps.1: E vou tentar manter o blogue minimamente activo (dentro das minhas possibilidades) ;)
Ps.2: Um gigantesco e enormíssimo obrigado, acompanhado dum xi-coração de urso e montanhas de beijinhos a todos que escreveram comentários, emails e até sms! de apoio acerca do post anterior. Têm o meu eterno agradecimento! :)
Hoje celebrarei o segundo dia mais importante da minha vida! Mas como fui baptizada quando bebé (e portanto não me recordo da celebração), para mim este dia será, na minha memória, o dia mais importante de sempre!!! :)
Não consigo expressar por palavras a alegria e felicidade que hoje sinto! O desejo e a vontade de responder Sim! a Deus! A excitação, as "borboletas na barriga", o entusiasmo! Oh, hoje sinto-me capaz de conquistar o mundo inteiro para a glória de Jesus Cristo! Sinto o coração a transbordar de alegria, de força e de amor! Como desejo espalhar por toda a Terra o Evangelho e as promessas eternas do Senhor!
Porque "a Deus tudo é possível"! (Marcos 10:27)
Hoje, "o Espírito Santo descerá sobre vós, e d'Ele recebereis força para serdes as minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da Terra"! (Actos dos Apóstolos 1:8)
Hoje, será o dia em que Jesus pedirá ao Pai que nos dê "um outro Defensor, para estar sempre convosco - o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece, mas vós conheceis, porque habita convosco e está em vós"! (João 14:15-17)
As minhas férias estão prestes a terminar. Comecei-as no início de Julho, prolongaram-se pelo mês de Agosto, e agora terminam, no início de Setembro. Estas foram, sem dúvida, as férias mais preenchidas que alguma vez tive! E foram fantásticas!! :)
Vou contar-vos nos próximos posts um pouco acerca das diversas coisas que fiz nas minhas férias. Vamos então começar pela mais importante - a preparação para a minha Confirmação!
Ora bem, a palavra férias significa coisas diferentes para diferentes pessoas!
Para uns, férias significa uma viagem de fim-de-semana, para outros tem de durar uma semana, e ainda para outros significa, no mínimo, duas semanas, ou mais de preferência!
Férias pode significar, para algumas pessoas, viajar e partir à aventura, para uma nova cidade ou destino turistico. Para outras significa obrigatoriamente praia e sol. Para outras, é o regresso muito aguardado à terra ou ao país natal. Para outras ainda, pode significar visitar a família que mora longe, reencontrar velhos amigos e voltar a ter tempo para hobbies muito amados...
Para mim, férias significa várias horas diárias de silêncio e isolamento humano! Para mim, significa passar várias horas a ler, a meditar, a reflectir, a escrever, e a adquirir novos conhecimentos profundos, sozinha, sem ninguém por perto e sem interrupções!
Férias, para mim, tem cada vez mais significado estar, simplesmente estar, com o Senhor. Pouco comum, eu sei!
Como filha única e tendo sempre vivido numa rua sem outras crianças, habituei-me desde cedo a ficar várias horas sozinha, principalmente no Verão. E isso não é algo necessariamente mau, como podem pensar de início! Aliás, às vezes penso que a origem de um dos problemas da sociedade actual é as pessoas não saberem estar sozinhas....
Para mim, é essencial estar por vezes sozinha. Só consigo estar verdadeiramente com os outros, como me é exigido no meu dia-a-dia, se me for permitido passar algumas horas apenas na presença de Deus. Na verdade, só consigo compreender, ajudar e amar os outros, como meus irmãos que são, se puder ser às vezes amada e acarinhada no colo do meu Pai, só Ele e eu!
Assim, parte das minhas férias foram isso mesmo - apenas estar na presença de Deus, a fim de me preparar para o meu Crisma, que já tem dia marcado!! Na graça de Deus, confirmarei de forma definitiva a minha fé e continuarei eu mesma a promessa iniciada pelos meus padrinhos no dia do meu baptismo, no dia 18 de Outubro, no 29º Domingo do Tempo Comum, às 18h! Já agora, realço também que no dia 18 de Outubro celebra-se a memória de São Lucas, um discípulo dos Apóstolos, que escreveu os Actos dos Apóstolos e que era médico! O nosso Bom Deus é sem dúvida um Deus dos pormenores! É impressionante o carinho e a atenção que Ele dedica a cada um dos Seus filhos!!
Portanto,nestas férias estudei bastante acerca do Sacramento da Confirmação, através da leitura de várias homilias e textos dos Santos Padres (que podem aceder nesta pasta, se quiserem).
Consegui dar um grande avanço no meu plano bíblico - há muitooo atrasado - mas ainda assim ainda não cheguei ao Novo Testamento... Não vou conseguir ler a Bíblia na totalidade até ao dia 1 de Setembro, como tinha inicialmente planeado. Mas paciência, o esforço e a dedicação são o mais importante, e conseguirei alcançar o meu objectivo, com certeza, até ao final do ano!
E, o mais importante de tudo, rezei, rezei, rezei, rezei!!
No fim de tudo, só tenho para vos dizer: UAU! UAU! UAU!!!
Oh, quanto aprendi! As maravilhas que descobri! Quantas exclamações de alegria e esperança!
O meu coração encheu-se com as promessas de Deus, com as mensagens de amor, de fé e de misericórdia!!
Ontem, na missa do Primeiro Domingo do Advento, o senhor padre explicou-nos que a palavra Advento deriva do latim Adventus, que significa "chegada" ou "vinda". Pensei logo que, se mais pessoas soubessem a origem do nome, percebessem melhor o que é suposto celebrarmos nesta altura do ano.
Na verdade, e como nos é mostrado por todos os textos do Antigo Testamento, por milhares de anos o mundo esperou a vinda do Messias, tal como nos foi prometido por Deus. Este Messias viria redimir-nos e salvar-nos do pecado mortal. Além disso, também viria para restaurar e fortalecer a nossa relação com Deus.
Mas, nem nos nossos maiores sonhos, imaginaríamos tudo aquilo que o Filho de Deus viria ao mundo fazer por nós. Ele excedeu, grande e divinamente, tudo o que esperaríamos e que nos tinha sido prometido.
Nós vivemos numa altura em que já se assistiu à primeira vinda de Jesus. Talvez por isso seja difícil para nós imaginar (e sentir também) a dimensão do desejo e da ânsia que o anterior povo de Deus tinha pela vinda do Messias. Talvez por isso seja difícil para nós ter noção do número de promessas que faltavam cumprir, e da intensidade dos sentimentos de desespero, de aflição, de abandono e de desesperança que as pessoas daquele povo sentiram ao longo dos séculos.
As profecias dos Profetas não eram suficientes para aliviar o peso que este povo sentia. As demonstrações de Deus através dos homens não eram suficientes.
O próprio Deus tinha de se tornar homem, tinha de Encarnar, ser gerado mas não criado, no seio duma Virgem santa, e estar com o povo, guiando-o de novo na Sua direcção, ensinando-nos quem era realmente o nosso Pai e cumprindo todas as promessas. O próprio Deus teve que nos mostrar como era possível a Reencarnação. Como era possível vencer a morte e viver eternamente no Reino de Deus.
Que neste Advento tentemos acender de novo, nos nossos corações e no das outras pessoas, no povo de Deus de hoje, a mesma chama de desejo inesgotável, o mesmo sentimento de espera contínua, de vigilância constante e de anseio profundo que não se deixa apagar por nada mundano ou humano, a mesma espantosa fé que os nossos antepassados tinham. Mais importante, a mesma esperança!
Porque só assim estaremos a preparar-nos para o próximo ano litúrgico. Só assim sentiremos o mesmo que os pastores que viram com os próprios olhos o Deus Menino. Só assim teremos a mesma vontade e fé para O procurar, não nos deixando iludir pelas distracções que nos surgem, como os reis magos. Só assim, como Maria, deixaremos que Deus faça na nossa vida a Sua vontade. E só assim encontraremos a felicidade e a vida eterna, que Deus tão humildemente nos tenta oferecer.
Peçamos ajuda, porque sozinhos nunca o conseguiremos…
Espírito Santo, amor do Pai e do Filho, inspirai-me sempre o que devo pensar e o que devo fazer, para a Vossa glória, para o bem das almas e para a minha própria santificação.
Espírito Santo, contagiai-me profundamente com a alegria expectante que só os filhos de Deus têm. Para que também em mim cresça a fé e a esperança na plenitude das promessas de Deus. E que para também eu deseje ardentemente a segunda vinda do nosso Messias, não numa forma humana, mas em toda a Sua glória. Ámen