Sou uma jovem esposa e mãe católica portuguesa. Neste blog partilho a minha caminhada em busca da santidade e o meu encontro com o amor misericordioso do Senhor. Espero que ele vos possa ajudar a encontrar a alegria do Evangelho!
Sou uma jovem esposa e mãe católica portuguesa. Neste blog partilho a minha caminhada em busca da santidade e o meu encontro com o amor misericordioso do Senhor. Espero que ele vos possa ajudar a encontrar a alegria do Evangelho!
- Esta vai ser a primeira vez que vou à missa! - disse-me uma menina na catequese deste sábado, numa voz cheia de entusiasmo
- Eu também!
- Também eu!
- E a minha também! - disseram os outros meninos e meninas, também eles cheios de entusiasmo e expectativa. Estavam empolgados com a missa do dia seguinte, porque nessa Eucaristia iríamos celebrar a Festa do Pai Nosso, dos meninos do 2º ano de catequese.
Tenho de fazer um esforço para não pensar na pena e tristeza que sinto, sempre que me apercebo que a grande maioria dos 25 meninos da minha catequese não vem à missa .... nunca. Por mais que eu os convide (e aos pais e avós) todas as semanas, dentro destes 25, apenas 3 vêm regularmente à missa. Outros tantos vêm às vezes. Os restantes.... nunca vieram ao longo do ano porque, apercebi-me neste sábado, nunca vieram nas suas pequenas vidas.
- Quer dizer - retomou a primeira menina - a primeira vez não é, porque a minha mãe diz que houve uma no meu baptizado, mas aí eu era pequena e não me lembro de nada!... E várias vozes de concordância seguem a sua resposta.
Desta vez, recuso a deixar-me levar por pensamentos de derrota e de desânimo, como nas outras catequeses. Agarro-me às suas vozes de entusiasmo por irem pela primeira vez à missa. Estão realmente empolgados!
Eu quero crer que este entusiasmo venha, não só por ser a primeira vez que vêm ou apenas porque vai ser a "sua" Festa do Pai Nosso, mas também por todas as conversas que já tivemos na catequese acerca da missa, de como é a missa e do que acontece na missa; mas, mais importante que tudo, vejo a Fé a desabrochar nos seus corações.
Deviam ver também as carinhas de felicidade dos meninos que vêm regulamente à missa - esses sim, não conseguiam caber em si de contentes!! Não só por terem finalmente a companhia dos seus amigos mas também porque já sabem reconhecer a importância da Santa Missa.
Oh, Deus meu, que eles venham e que voltem!
Esta é uma das preces que eu mais rezo. Que eles, os Teus filhos pródigos, dispersos, cheios de dor e com tanta falta do Teu amor e misericórdia, que eles voltem para casa!
Penso que conhecem a velha máxima de Santo Inácio de Loyola
Trabalha, como se tudo dependesse de ti, e confia, como se tudo dependesse de Deus
Eu quero cativar aquelas crianças, mas principalmente os seus pais e avós, que desta vez aceitaram o meu quinquagésimo terceiro convite para virem à missa. Quero cativá-los para que voltem mais vezes!
Portanto mãos à obra, há uma Eucaristia para embelezar!
E que bênção é poder contar com a catequista do outro grupo do 2º ano, com a sua experiência, bom senso e abertura para novas ideias e sugestões. Conversas e conversas e conversas, emails e telefonemas, emails e telefonemas ....
Finalmente, tudo está organizado e dividido. Inacreditavelmente, em ambos os grupos, tanto os meninos como os pais, parece que todos aceitaram participar e ajudar em alguma coisa durante a missa. Glória a Deus!
Voltemos ao dia de ontem, sábado de manhã, na catequese, véspera da Festa do Pai Nosso, onde decorreu aquele pequeno diálogo. Há uma grande actividade para preparar para o dia seguinte .... Shiu! Não contém a ninguém o que é! É surpresa!
Eu desenhei este mega-cartaz, para colocar à frente do altar na igreja. Não sei se dá para perceber muito bem, mas é composto por 2 cartolinas. Cada grupo de catequese pintou uma metade (uma cartolina) deste cartaz, sem saber como o outro grupo pintara a sua parte. Uns usaram lápis de cor, outros lápis de cera, algumas tintas e colas brilhantes... foi uma divertida confusão, todos queriam ajudar a pintar!
Eu tirei esta ideia do cartaz deste blog maravilhoso, que tem montes de ideias de trabalhos manuais para a catequese (apesar de ser escrito por uma catequista da igreja Anglicana)!
Depois de os meninos terem pintado o cartaz, eu reforcei os contornos dos desenhos com marcador preto e colei sobre cartão grosso para fortificar um pouquinho ...
É domingo de manhã, o despertador toca e eu salto da cama, abrindo logo a janela mais próxima. Oh não! Chuva! Chuva, chuva e mais chuva! Vai estragar tudo!
Sim, choveu e bem ... até à exacta hora em que devíamos fazer a nossa entrada pela porta principal da igreja, dois a dois, num belo comboio com quase 40 crianças, à frente do Sr Padre e dos acólitos. A igreja está cheia de pessoas, que bom! Mas ai que vergonha, estão todos a olhar para nós!
Inacreditavelmente, ninguém tropeça nem cai ao ajoelhar-se à frente do Sacrário, ninguém empurra nem corre. Ena, eles estão a portar-se bem! E estão a ir direitinhos para os seus lugares! Mas que bem!
A missa pareceu-me um sonho - correu tudo tão bem! Tão bem! Todas as nossas ideias resultaram! E estão todos a cantar, ena!!
Subimos todos ao altar para rezarmos de mãos dadas a maravilhosa oração do Pai Nosso, que une sempre todas as pessoas que estão presentes na missa. Não importa se vêm sempre à missa, se participam na paróquia ou se há anos que não vinham - toda a gente sabe, de coração, a oração do Pai Nosso, e apenas isso é digno de louvor e de acção de graças!
Já no final da missa, algumas crianças reúnem-se à frente do altar, para algumas orações finais, enquanto outras elevam cartolinas coloridas com as frases do Pai Nosso, para toda a assembleia ver:
"Jesus obrigado:
Obrigado por nos ensinares que o Teu Pai também é nosso Pai,
Obrigado por nos ensinares que o Seu nome é santo e que também nós podemos ser santos,
Obrigado por nos ensinares que também nós podemos ajudar a construir o Reino de Deus,
Obrigado por nos ensinares a importância de fazer o bem, e que através das nossas boas acções fazemos a vontade de Deus,
Obrigado por nos ensinares que o pão é vida, por nos ensinares a pedir pão para todas as pessoas, todos os dias,
Obrigado por nos ensinares que Deus tudo perdoa,
Obrigado por nos ensinares a perdoar,
Obrigado por nos ensinares que podemos pedir forças a Deus para sermos corajosos e fortes, para não fazermos o mal, mas sim o bem,
Obrigado por nos ensinares a falar com o nosso Pai que está no Céu e em todos os nossos corações."
Catequista Maria Teresa Capela
A missa terminou com muita alegria, muitos beijinhos e abraços e sorrisos ... e com alguns chocolates também - afinal é dia de festa!
Oh, é verdade - querem ver como ficou o cartaz? Digam lá se não ficou bonito!
Será que resultou? Será que voltam noutro dia?
Não sei, só Deus saberá. Porque só Deus, pela sua extraordinária graça, pode mudar os corações - daqueles que aceitarem essa graça. Eu, pelo menos, vou passar o resto do dia a cantar
A Ti (a Ti), Senhor (Senhor), meu Deus (meu Deus);
A Ti (a Ti), Senhor (Senhor), meu Deus (meu Deus)!
Te dou tudo o que sou
Tudo o que sou, Senhor, a Ti, tudo Te dou.
Meu coração e minhas mãos Minha pobreza, tudo te dou. Minha ternura, minha amargura. O pão e o vinho da minha vida.
Conhecem as origens dos principais objectos que hoje associamos ao Advento e ao Natal?
Por exemplo, sabem a origem da árvore de natal? Do presépio? Ou da coroa do Advento?
Pois, eu também não sabia!
Na passada segunda-feira, a minha paróquia organizou uma catequese especial, onde o senhor padre e os catequistas se reuniram para nos explicar a origem, o significado e simbolismo dos principais objectos e pessoas que associamos hoje ao Advento e ao Natal.
Curiosa como sou, decidi pesquisar mais em casa. Encontrei então estes pequenos vídeos das Edições Salesianas no Youtube (são segmentos do DVD "Advento, tempo de esperança", à venda no site da Editora), que gostava de partilhar convosco. Apreciem-nos bem!
Tirei também alguns apontamentos durante a catequese, que complementam a informação dos vídeos.
Origem da Árvore de Natal
- Forma triangular da árvore: representa a Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo)
- Pinheiros ou ciprestes: árvores originalmente usadas, associadas à vida e ao respeito
Por serem árvores de folha persistente, representam também a força, a coragem, e a vitória do bem sobre o mal, ou seja, de Jesus Cristo sobre a morte e o pecado.
Curiosidade: historicamente sempre se plantou pinheiros ou ciprestes nos cemitérios, representando o nosso respeito pelos defundos; podiam também simbolizar a nossa crença na vida eterna junto de Deus
Origem do Presépio
- Portugal é um dos países com tradição mais antiga de construção de presépios
- Figuras que devem ser sempre representadas no presépio:
Menino Jesus (na manjedoura) - o Filho de Deus mas igualmente Irmão de todos os homens; apesar disso, veio à Terra na maior humildade e simplicidade
Virgem Maria (à esquerda) - a esposa, a mãe, a companheira fiel; pureza e dignidade; cumprir-se a vontade de Deus; a mulher que educa, ora, medita em seu coração os mistérios da maternidade; doação e dedicação
São José (à direita) - o esposo, o companheiro; o pai, o homem que ama, trabalha, é responsável; o homem que respeita, que sustenta, que orienta; o homem de oração
Vaca - simboliza a abundância; representa também a bondade e a força pacífica
Burro - representa a nossa incredibilidade na vinda do Messias; simboliza também a humildade e a simplicidade com que devemos acolher Deus e Jesus na nossa vida e no nosso coração
Os 3 reis magos:
Belchior/Melchior (significa "meu Rei é luz") - era caucasiano, proveniente da Europa; ofereceu o ouro, representando a realeza de Jesus
Baltasar (significa "Deus manifesta o Rei") - era negro, proveniente de África; ofereceu a mirra, símbolo da paixão e do sacrifício de Cristo pela humanidade, representa também a fé e a imortalidade
Gaspar (significa "aquele que vai inspeccionar) - era asiático, proveniente de África, ofereceu o incenso, representando a divindade de Jesus
Pastores e ovelhas:
Pastores - representam o povo judeu; que deveria sempre glorificar e honrar o Filho de Deus
Ovelhas - representam o povo de Deus, guiado pelo Seu Filho Jesus;
Estrela-guia - representa a acção do Espírito Santo; luz, iluminação
Anjos - mensageiros de Deus; representa a comunicação da Boa Nova
Origem da Coroa do Advento
- Coroa circular - símbolo da eternidade, da unidade, do tempo que não tem início nem fim; de Cristo, Senhor do tempo e da história
- Verduras - inicialmente eram ramos de pinheiro ou cipreste (com o mesmo simbolismo que escrevi acima); sinal de persistência, de esperança e de vida, de imortalidade, de vitória sobre a morte
- Fita vermelha - símbolo do sangue e do amor de Jesus Cristo pela humanidade; símbolo da Sua vitória sobre a morte através da Sua entrega por amor
- 4 velas em circulo - indicam as 4 semanas do Tempo do Advento; as 4 fases da História da Salvação preparando a vinda do Salvador; a Cruz de Cristo, o Sol da salvação, que ilumina o mundo envolto em trevas;
O acto de acender gradualmente as velas significa a progressiva aproximação do Nascimento de Jesus e a progressiva vitória da luz sobre as trevas.
Existem diferentes tradições sobre os significados das velas. Podem simbolizar:
a primeira vela do profeta;
a segunda vela de Belém;
a terceira vela dos pastores;
a quarta vela dos anjos.
Outra tradição vê nas 4 velas as grandes fases da História da Salvação até à chegada de Cristo.
a primeira é a vela do perdão concedido a Adão e Eva, que de mortais se tornarão seres viventes em Deus;
a segunda é a vela da fé dos patriarcas que crêem na promessa da Terra Prometida;
a terceira é a vela da alegria de David pela sua descendência;
a quarta é a vela do ensinamento dos profetas que anunciam a justiça e a paz.
Por fim, podemos ver nas 4 velas as visitas de Deus na história, preparando a Vinda definitiva no seu Filho Encarnado, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo:
o tempo da criação: de Adão e Eva até Noé;
o tempo dos patriarcas;
o tempo dos reis;
o tempo dos profetas.
Termino com duas citações de São Francisco, que nos relembram o significado do Natal:
"Todos os homens nascem iguais, pela sua origem, pelos seus direitos naturais e divinos e pelo seu objectivo final"
"No presépio honra-se a simplicidade, exalta-se a pobreza, elogia-se a humildade!"
O mês passado comecei a frequentar a catequese para adultos na nossa paróquia, com o objectivo de fazer para o ano o Crisma, como vos expliquei aqui.
Para vos ser sincera, a catequese está a ser muito diferente do que esperava. Talvez porque a imaginei como se fosse a catequese das crianças que eu me lembrava ter. Catequese com adultos é outra coisa completamente diferente!
Somos ainda mais pessoas na catequese do que vos contei na primeira vez. Parece que somos, por enquanto, 20! Sim, 20 pessoas! (Ainda estou admirada com isto, depois desta história toda…. que grande milagre!).
A catequese começa às 21h de 2ªfeira, com missa, e depois reunimo-nos numa sala até às 22:30h. O meu grupo de catequese é todo muito mais velho que eu. São todos pais ou avós, com vivências e experiências muito diferentes das minhas. E depois existo eu, a ave rara, uma rapariga, solteira, estudante universitária, com ideias diferentes.
Além de não ser fácil para mim estar em grupo. Fico tímida e acanhada, e não abro a boca. Típico. Só rezo para que, com o tempo eu consiga familiarizar-me com as outras pessoas....
De qualquer das formas, o primeiro dia de catequese foi muito especial para mim, e queria partilhar convosco o porquê.
Apesar de já ter passado algum tempo desde que voltei para a Igreja, ainda penso bastante no meu passado. Penso sobretudo no mal que fiz, e no quão arrependida estou. Penso também no quanto estou grata a Deus por me ter perdoado e aceitado de volta. Ainda hoje acho incrível e extraordinário a profundidade do amor que Deus demonstrou comigo. É algo que me leva às lágrimas com facilidade.
Para vos ser sincera, acho que no dia em que me esquecer de todos estes sentimentos deixarei de ser cristã. Porque, para ser verdadeiramente cristã (e este é apenas o meu ponto de vista), eu preciso de pensar todos os dias naquilo que Deus e que Jesus fez por mim. Preciso de me lembrar do mal que eu fiz, e do facto que, apesar disso, fui perdoada. Eu sou intensa e infinitamente amada por Alguém que morreu por mim. E morreu por mim apesar de ainda nem me conhecer naquela altura. Apesar de quem eu fui e apesar do que fiz.
Assim, não imaginam o meu espanto, quando entrei na nossa igreja, na primeira segunda-feira de catequese para a missa inaugural e me deparei com isto:
O lema da nossa paróquia neste ano catequético vai ser este, fiquei a descobrir mais tarde:
“Bem-vindo a casa… Também tu és nossa Família!”.
Eu estava com dúvidas se teria tomado uma boa decisão ao comprometer-me num grupo semanal. O curso de Medicina é sempre tão imprevisível. E não me estava a sentir confortável no meio de tantas pessoas estranhas, que se conheciam todas, menos eu.
Depois, vejo esta mensagem escrita na parede da igreja. Eu acredito que naquele dia Deus falou-me pessoalmente. Ele tem-me tentado dizer-me isto de tantas formas. Esta foi sem dúvida a mais explícita até agora.
Agora, é comigo! Agora, tenho que aceitar ser recebida como membro nesta grande família!
Quando voltei para a Igreja Católica tentei informar-me acerca dos grupos que existiam na minha paróquia. Mas estávamos no final do ano lectivo, e já não aceitavam inscrições para nenhum grupo.
Eu penso que, quando era mais nova, completei o 7º volume da catequese, e que cheguei a inscrever-me no 8º. Contudo, na altura comecei a namorar, e como achava que tinha falta de tempo para o rapaz, acabei por desistir. Logo a seguir comecei com as minhas dúvidas e revoltas, e nunca mais me lembrei de acabar a catequese.
Assim, durante o Verão ponderei ir para a catequese dos adultos para fazer o Crisma. Informei-me e pesquisei bastante acerca deste Sacramento e do seu significado. Li muito. Pensei muito. Não rezei assim muito, admito. Mas tomei a decisão de tentar ir e conciliar as aulas de catequese com a faculdade. O entusiasmo começou a crescer!
Chegou Setembro, mas parecia que as inscrições para a catequese nunca mais abriam!
No Domingo em que o sr. padre avisou que as inscrições estavam abertas, fui a primeira a inscrever-me, logo a seguir à missa. Tive pressa porque, pensava eu, tanta gente devia querer inscrever-se e não queria perder a oportunidade! Cheguei a pensar que, se recebessem inscrições de muitas pessoas, talvez tivessem que as escolher... talvez tivessem que escolher aquelas que eles pensassem ser as mais indicadas para fazer o Crisma ... ora, se descobrissem na minha ficha antiga da igreja que eu não tinha completado a catequese, pronto, estava feita! Não seria escolhida!!
Setembro quase a terminar. Anunciou-se o início da catequese infanto-juvenil, na primeira semana de Outubro. Nem uma palavra acerca da catequese para adultos. Será que se esqueceram de avisar?
Fui falar com o secretário da nossa paróquia. E fiquei a saber que, em princípio, a catequese dos adultos não ia ainda começar porque eu tinha sido a única pessoa a inscrever-me! Dá para acreditar?!
Nesse dia fiquei muito triste. Muito triste mesmo. A única?
Tenho vindo a aguardar pacientemente (ou nem assim tanto) desde a Páscoa para poder inscrever-me. Tinha imensas expectativas sobre o que íamos estudar, discutir e aprender. Tinha vindo a criar uma enorme paixão, um enorme desejo de aprofundar e confirmar a minha Fé e de a mostrar publicamente. Passei o Verão a ler acerca das maravilhosas capacidades que o Espírito Santo nos ia oferecer, para que fossemos verdadeiros discípulos de Cristo e espalhássemos a Boa-Nova! Que alegria, que entusiasmo eu sentia!
Além de ter escolhido propositadamente o horário na faculdade para que fosse o mais compatível possível com o horário da catequese (2ªfeira à noite). E de já ter começado a organizar tudo, a comprar livros, a reunir informações, e a encontrar formas para poder ir.... Que desilusão...
Então, o que podia fazer agora? Bem, a única coisa que podia fazer, apercebi-me, era entregar este assunto nas mãos do Senhor, e dizer-Lhe: Seja feita a Tua vontade, Pai, e não a minha. Aquilo que Tu quiseres, é o que eu quero. E rezei muito, muito. No início do dia, a meio, à noite, quando rezava o terço, ...
Um fim-de-semana, estava eu imersa no estudo de Oftalmologia, tocaram à campainha. Não liguei nenhuma, costuma ser sempre para a avó ou para a mãe. Mas desta vez, era para mim!!
Uma vizinha minha, chamemos-lhe Vizinha H, catequista há muitos anos, veio falar comigo pessoalmente para me dizer que a nossa igreja tinha recebido mais 6 inscrições! E que a catequese dos adultos ia assim começar no dia 20 de Outubro às 21h. Melhor ainda, ela ia dar pela primeira vez aulas para o crisma dos adultos, sendo assim minha professora! Iupiiiiii
Admito-vos que quando me despedi da Vizinha H, depois de lhe ter dado um abraço monstruoso, entrei dentro de casa e comecei a gritar: ALELUIA! HOSSANA NAS ALTURAS! LOUVADO SEJA O SENHOR!! ALELUIAAAA
"Chama por Mim que Eu te responderei, anunciando-te coisas grandiosas e sublimes que não conheces." Jeremias 33:3
Assim, hoje pelas 21h, estarei nas nuvens de contente, quando iniciarmos a catequese dos adultos com uma missa inaugural :D
No verão, um dos nossos dois padres teve de voltar à sua terra-natal, no Brasil. Este tinha sido o padre que me confessou pela primeira vez em sete anos, e que me tinha continuado a ajudar a reintegrar na Igreja Católica. Tenho-lhe muita estima e muito carinho por isso.
Assim, recentemente a nossa paróquia teve de acolher um novo padre (a nossa paróquia é constituída por 2 igrejas em localidades diferentes).
Este novo padre acabou de ser ordenado. Parece-me que vem com muita energia, novas ideias e imensa vontade de trabalhar, como é costume nos padres recém-ordenados. E isso é óptimo! :)
Contudo, parece-me que este padre vai ser especial. Diferente dos que já tivemos.
Até ao momento, já assisti a 3 missas dadas por ele. E penso que já toda a gente na paróquia notou o quão diferentes são.
Na explicação das leituras, trás consigo umas folhas pequeninas, tipo bloco de notas. Vê-se que tem um discurso bem preparado, que reflectiu bastante naquilo que nos pretende dizer.
Agora, a maior diferença nestas missas vem depois, já na parte da Liturgia da Eucaristia e dos Ritos da Comunhão. O sr. novo padre usa frases e declarações diferentes das que estava habituada: são declarações muito mais ricas e compostas, abundantes em palavras de amor e louvor a Deus, atribuindo-Lhe títulos gloriosos e enaltecendo-O de mil maneiras distintas. Também refere os nomes de todos os apóstolos e dos santos principais e das suas excepcionais acções e demonstrações de fé.
E o sr.padre diz tudo isto com imenso sentimento e significado em cada palavra!!
O mais importante nisto tudo, que queria partilhar convosco, foi o pensamento que me ocorreu no final da terceira missa:
Será que eu uso as minhas melhores palavras para me dirigir a Deus?
Será que tento, tal como este novo padre, usar palavras ricas, magníficas, belas, sempre que me refiro ao Nosso Pai celeste?
Será que procuro diariamente novas facetas de Nosso Senhor, tentando descobrir toda a Sua glória, misericórdia, perdão, amor?
Será que busco novas formas de O louvar? De O bendizer? De O glorificar? De O amar?
Será que reflicto em todas as razões porque Lhe devo dar graças ou agradecer?
E além de Deus, será que no resto da minha vida tenho boas palavras para dizer ao próximo?
Serei meiga, tolerante ou bondosa ao falar? Direi sentenças justas?
Serei sempre verdadeira?
Defenderei sempre os mais necessitados, os pobres, os desfavorecidos, os mais pequeninos?