Sou uma jovem esposa e mãe católica portuguesa. Neste blog partilho a minha caminhada em busca da santidade e o meu encontro com o amor misericordioso do Senhor. Espero que ele vos possa ajudar a encontrar a alegria do Evangelho!
Sou uma jovem esposa e mãe católica portuguesa. Neste blog partilho a minha caminhada em busca da santidade e o meu encontro com o amor misericordioso do Senhor. Espero que ele vos possa ajudar a encontrar a alegria do Evangelho!
Cá em casa, já começamos a decorar a casa. Já começamos a pensar nas prendas, Já começamos a pensar nos pratos para a festa no dia de Natal - que, por tradição, a família toda reúne-se cá em casa!
Contudo, para vos ser sincera, todas essas coisas parecem-me irrelevantes este ano. E logo eu, conhecida por adorar tudo o que tinha haver com o Natal....!!
O ano passado já notei a diferença. Mas este ano, o sentimento está ainda mais forte!
Não, não quero saber de prendas, nem de decorações, nem de festas. Não quero saber de Pais Natais nem de barretes vermelhos com pompom na ponta. Não quero saber de compras, de lojas, nem de luzinhas.
Desde o meu Crisma que tenho tentado aumentar consideravelmente os momentos de oração no meu dia a dia. Não o tenho feito porque achava que devia. Tenho-o feito porque é o que desejo!
Desde o Crisma que, o desejo de conhecer e amar mais e mais o Senhor, tem aumentado de forma incrível e inexplicavelmente! Parece que esta minha sede não é saciada de maneira nenhuma!
Desejo sempre mais 5 min com Jesus! Por favor, Jesus, fica comigo mais 5min - a seguir já estudo! A seguir já vou a correr para a aula. A seguir já vou dormir...
Este semeste, ao contrário do anterior e com enorme pena minha, não consigo ir com a mesma frequência à Eucaristia.... a minha hora de almoço é completamente diferente e irregular, e não me permite ir à missa das 12.30h no hospital de Santa Maria (onde este semestre passo a maior parte dos meus dias)....
Mas, graças ao exemplo da Teresa, que partilhou connosco no início do ano lectivo os seus 15 minutos com Jesus, que eu tenho tentado fazer o mesmo! Há dias em que consigo estar meia hora em oração na capela do hospital, noutros dias apenas 15 minutos, e às vezes, só tenho mesmo 2 min antes de ir a correr para a aula seguinte ....
Além disso, ao longo do meu dia, tenho outros momentos de oração:
A oração do Terço já é algo enraizado no meu dia. Durante a semana, rezo-o nos transportes. Ao fim de semana, vou rezando uma dezena por cada intervalo de estudo que faço.
Ao deitar, também tenho um momento de oração especial, onde faço um balanço do meu dia, onde peço perdão pelos meus erros e agradeço todas as graças e bênçãos no meu dia.
E, ao longo do dia, várias vezes rezo o Nós, Jesus! Nós, Jesus, vamos lidar com aquela criança doente que está aos berros e aos pontapés! (E às vezes, como segundo recurso ....) Anjo da Guarda, podes por favor dizer ao Anjo da Guarda daquela criança que eu preciso MESMO de lhe ver os ouvidos e que ela tem de ficar quieta só 10 segundos??!! Ou então, Nós Jesus, vamos estudar aquela matéria gigantesca e super complicada que eu tenho tentado fugir nas últimas semanas, mas agora tem mesmo de ser!
Mas o meu coração queria mais! Eu desejava mais momentos de oração! Eu desejava uma maior entrega! Parecia que Deus me pedia mais! Mais de mim!
Há uns dias atrás tomei a minha resolução para este Advento - passar mais tempo em oração! Como?
Claro que haverá dias e dias. Claro que não conseguirei rezar todas as orações. Claro que haverá dias em que conseguirei fazer mais, outros menos. Afinal, estou quase em exames da faculdade. Mas o primeiro passo está dado!
Deixará de haver tempo para o facebook, para seguir todos o blogs que gosto, de ler os 2 livros maravilhosos que tinha acabado de receber pelo correio, de fazer outras actividades de lazer. Não haverá tempo para a preguiça. Não haverá tempo a perder!
"Assim como a corça suspira pelas águas correntes, suspira igualmente minh’alma por vós, ó meu Deus!
Minha alma tem sede de Deus, e deseja o Deus vivo. Quando terei a alegria de ver a face de Deus?
Que o Senhor me conceda de dia sua graça benigna e de noite, cantando, eu bendigo ao meu Deus, minha vida."
A minha mãe nasceu numa família muito simples e humilde, numa pequena aldeia nos arredores de Lamego. Aos 17 anos teve a oportunidade de vir para Lisboa, com ajuda da família de um tio, à procura dum emprego e duma vida melhor do que o trabalho no campo lhe podia dar. É em Lisboa que conhece o meu pai, filho duma família proveniente de Beja que também procurara a realização dos seus sonhos duma vida melhor na grande cidade.
Quando casaram, os meus pais tomaram a decisão de permanecerem aqui, em Corroios, perto da família do meu pai. A família da mãe acabou por ficar, na sua maioria, em Lamego, a quase 5 horas de distância de nós. Assim, em todas as férias de Verão vamos para Lamego durante algumas semanas, para a mãe (e com o tempo, também eu e o pai) matar as saudades da sua família - principalmente dos seus pais e da sua irmã mais nova.
Há 24 anos que esta "tradição" acontece todos os verões e é sempre com grande alegria que esperamos esta altura do ano! Contudo, o ano passado foram as nossas primeiras férias sem o avô materno (que faleceu repentinamente em Fevereiro de 2014) e as férias já não foram as mesmas... Este ano também trazia consigo um sentimento agridoce - não sabemos se este ano foi o último em que eu pude ir de férias com os pais, e o mais provável é que estas tenham sido as últimas férias em família durante algum tempo ... Os anos passam e estou perto de terminar a faculdade e de começar a trabalhar como médica. E só Deus sabe como será o futuro.
Assim, foi com grande alegria que, mal chegámos a Lamego, ficámos a saber que nos dias 8 e 9 de Agosto iriamos receber uma visita muito especial! A da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima!! Oh, que festa!!
O avô materno sempre teve uma grande dedicação a Nossa Senhora de Fátima, e sempre que penso Nela, não deixo de pensar também no avô. Quando vamos a Fátima, a memória do avô está também sempre presente comigo.
Assim, eu senti que esta visita de Nossa Senhora a Lamego, foi uma forma de Ela nos dizer, mais uma vez, que nós não estávamos sozinhos nestas mudanças da nossa vida, que tinhamos o Seu apoio, a Sua ajuda, o Seu amor de mãe ... Oh, e que Mãe!
Deixo-vos um relato fotográfico desta belíssima visita: (nós esquecemo-nos da tirar fotos nos 2 dias, desculpem!)
Já por diversas vezes que fomos a Fátima mas nunca conseguimos estar tão perto da imagem de Nossa Senhora como Deus nos deu a oportunidade desta vez. Pela graça de Deus, conseguimos encontrar um lugar para nos sentarmos na Sé a poucos metros da imagem de Nossa Senhora! Que privilégio. Uma tarde passada a rezar e a meditar sob o manto de Nossa Senhora, a rezar o Terço com Ela e a celebrar a Eucaristia na Sua presença - Foi extraordinário!
Mais extraordinário ainda foi a despedida - as orações cantadas, os lenços brancos a acenar, as lágrimas nos olhos de tanta gente, e mais uma vez, sem termos feito por isso mas pelo peso da multidão à nossa volta, encontrámo-nos desta vez a menos de um metro Dela! Caramba! Estávamos tão, tão perto Dela!!
Há uma série de imagens na minha memória que espero nunca mais perder. Foi uma experiência sem igual...
Há dias em que é difícil rezar a Alguém que não vemos e que não ouvimos. A nossa natureza humana, tão física e corporal, por vezes tem essa necessidade.... de ver com os nossos próprios olhos, de tocar, de ouvir ...
Obrigado Mãe, por não me teres esquecido mesmo durante as férias! Eu sei que Tu estás sempre comigo ... mas é possível que eu às vezes me esqueça disso! Obrigado Mãe, obrigado minha Mãe! Obrigado por vires ter comigo!
«Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?»
Lc 1:42-43
Para terminar, deixo-vos um pequeno vídeo com filmagens da Sé de Lamego - que tem quase 1000 anos de vida!
Hoje quero falar-vos dos meus joelhos. Sim, leram bem, dos meus joelhos.
Os meus joelhos foram incrivelmente mal amados durante a minha adolescência. Durante anos considerei-os feios, horrendos e indignos de verem sequer a luz do dia.
Os meus joelhos feios e tortos. Os meus joelhos "metidos para dentro".
Os meus joelhos esfolados e cheios de marcas e cicatrizes.
Durante muito tempo foram a parte do meu corpo que menos gostava. Aliás, eu odiava-os profundamente!!
Na Semana Santa, durante uma das várias Adorações que fiz ao Santíssimo Sacramento, dei por mim a olhar para os meus joelhos (não, nesse momento não estava a meditar na Paixão de Jesus, perdoem-me!).
E de repente, um pensamento formou-se na minha mente - Como são fortes os meus joelhos!
Desde que voltei à Igreja que tenho vindo a reparar o quanto não me custa estar de joelhos. Vejo as outras pessoas, da minha idade ou pouco mais velhas que eu, aos ais e aos gemidos depois de estarem 5 min ajoelhados, e eu só pensava - a mim não me custa nada!
Nesta Páscoa vim a descobrir o quão fortes são os meus joelhos - numa das Adorações tive 3 horas de joelhos no chão - sim, 3 horas, no chão de pedra, com 3 intervalos de 5 min!
E sabem, não me custou nada! Nada mesmo!
Escusado será dizer que agora estou apaixonada pelos meus joelhos. Eles continuam tortos, e marcados, e cheios de cicatrizes. Mas, por alguma estranha razão anatómica, eles são capazes de aguentar longos tempos de oração.
Talvez Deus os tenha feito assim de propósito, para que eu descobrisse um dia, e confirmasse mais uma vez a razão da minha existência - Louvar a Deus, sobre todas as coisas, e a toda a hora!
Agora, de cada vez que olho para os meus joelhos sorrio. Eles são perfeitos para adorarem o Senhor!
Eis o que diz o Senhor que te criou, que te formou desde o seio materno e te socorreu:
nada temas, Jacob, meu servo, meu Israel, a quem Eu escolhi!