Rute e a sementeira - actividade para catequese infantil
Passagens Bíblicas a serem exploradas:
Livro de Rute (livro pequeno, com apenas 4 capítulos, que se conseguem ler facilmente numa só catequese)
Noemi deixou aquela terra onde vivera e, com as suas duas noras, pôs-se a caminho para regressar à terra de Judá. Mas Noemi disse às suas duas noras: «Ide, voltai cada uma para casa da vossa mãe. Que o SENHOR use de misericórdia convosco, como vós usastes comigo e com os que morreram! O SENHOR vos conceda encontrar a paz cada uma em casa do seu marido!» Então, ela beijou-as, em despedida.
Entretanto, Orpa beijou a sua sogra e retirou-se, mas Rute permaneceu na sua companhia. Noemi disse-lhe: «Vês, a tua cunhada voltou para o seu povo e para os seus deuses. Vai tu também com a tua cunhada.» Mas Rute respondeu: «Não insistas para que te deixe, pois onde tu fores, eu irei contigo e onde pernoitares, aí ficarei; o teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus.» Vendo que ela estava assim decidida, Noemi não insistiu mais com ela. Seguiram juntas e chegaram a Belém. Foi assim que Noemi voltou, e com ela a sua nora, Rute, que era originária dos campos de Moab. E chegaram a Belém, no início da colheita da cevada.
Noemi tinha um parente por parte do seu marido, Elimélec; era um homem poderoso e rico, chamado Booz. Rute, a moabita, disse a Noemi: «Por favor, deixa-me ir respigar nos campos de alguém que queira acolher-me com bondade.» E ela respondeu-lhe: «Vai, minha filha.» Ela foi e entrou num campo, respigando atrás dos ceifeiros.
Aconteceu que aquele campo era propriedade de Booz, parente de Elimélec. Booz acabara de chegar de Belém e dirigiu-se aos ceifeiros: «O SENHOR esteja convosco!» E eles responderam-lhe: «Que o SENHOR te abençoe!» Booz perguntou ao seu servo que era supervisor dos ceifeiros: «De quem é aquela jovem?» O servo que era supervisor dos ceifeiros respondeu-lhe : «Esta é a jovem moabita que voltou com Noemi da terra de Moab. Pediu-nos, por favor, que a deixássemos respigar e recolher espigas atrás dos ceifeiros. Ela veio e aqui tem ficado desde manhã até agora, e nem por um pouco foi a casa descansar.»Booz disse a Rute: «Já ouviste, minha filha. Não vás respigar noutro campo; não te afastes deste e junta-te às minhas servas. Repara no campo por onde vão a ceifar e vai atrás delas. Pois ordenei aos meus servos que não te incomodem. E se tiveres sede, vai à bilha e bebe da água que eles tiverem trazido.» Rute, prostrando-se por terra, disse-lhe: «Porque encontrei tal bondade da tua parte, tratando-me como natural, a mim que sou uma estrangeira?» Replicando, Booz disse-lhe: «Já me contaram tudo o que fizeste pela tua sogra, depois da morte do teu marido: como deixaste o teu pai, a tua mãe e a terra onde nasceste e vieste para um povo que há bem pouco nem conhecias. O SENHOR te pague por todo o bem que fizeste; que o SENHOR, Deus de Israel, sob cujas asas te acolheste, te dê a recompensa merecida.»
Booz disse, então, aos criados: «Ela pode respigar mesmo entre as paveias. Não lho impeçam! Deixai mesmo cair algumas espigas dos feixes, abandonando-as, para que ela as apanhe, e não a censureis.» Rute esteve, pois, respigando no campo até à tarde. Depois, debulhou as espigas que tinha respigado e era quase um efá de cevada.
Noemi disse à sua nora: «Abençoado seja [Booz] pelo SENHOR, que não renegou a sua bondade para com os vivos e para com os mortos.» E acrescentou: «Esse homem é ainda nosso parente, um dos que têm direito de resgate sobre nós.»
A sua sogra, Noemi, disse-lhe: «Minha filha, tenho de te procurar um aconchego em que te sintas bem. Ora bem, este Booz, nosso parente, com cujas servas andaste, vai joeirar esta tarde a cevada da sua eira. Lava-te, perfuma-te, põe os teus melhores vestidos e desce à eira, mas não te dês a conhecer a esse homem, até que ele tenha acabado de comer e de beber.»
Rute respondeu-lhe: «Farei tudo o que me dizes.» Rute desceu, pois, à eira e fez tudo como a sogra lhe tinha recomendado. Booz comeu e bebeu, e o seu coração ficou bem disposto; depois, foi e deitou-se junto de um monte de feixes. Rute aproximou-se de mansinho, afastou a manta que lhe cobria os pés e deitou-se ali. Pelo meio da noite, o homem acordou espavorido e perturbado, ao ver uma mulher deitada a seus pés. E disse-lhe: «Quem és tu?» Ela respondeu: «Sou Rute, a tua serva. Estende o teu manto sobre a tua serva, porque tens o direito de resgate.» Ele disse: «O SENHOR te abençoe, minha filha. Esta tua última bondade vale mais do que a primeira, porque não procuraste jovens, pobres ou ricos. Agora, minha filha, não temas: farei por ti tudo o que tu disseres, porque toda a gente da minha cidade sabe que és uma mulher de valor.»
Booz tomou, pois, Rute, que se tornou sua mulher. Juntou-se a ela e o SENHOR concedeu-lhe a graça de conceber e dar à luz um filho. As mulheres diziam a Noemi: «Bendito seja o SENHOR, que não te recusou um parente de resgate, neste dia. Que o seu nome seja proclamado em Israel. Ele te dará a vida e será o arrimo da tua velhice, porque nasceu um menino da tua nora, que te ama e é para ti mais preciosa do que sete filhos.» E deram-lhe o nome de Obed. Este foi pai de Jessé e avô de David.
(Rt 1,7-9a. 14-16. 18-19. 22. 2,1-12. 15-17. 20. 3, 1-3. 5-11. 4,13-15. 16b)
Actividade:
Construção dum "campo de trigo/cevada" em papel, no qual "semearemos" as nossas "espigas", ou seja, todas aquelas situações / pessoas / coisas da nossa vida que decidimos confiar ao Senhor, para que Ele providencie e as faça crescer e frutificar.
Materiais necessários:
- 2 folhas de papel A4 brancas
- Tesoura
- Tubo de cola
- Lápis de cor ou canetas para pintar
Como fazer:
- Usar 1 das folhas de papel A4 brancas para fazer o nosso "campo de trigo / cevada", dobrando a folha várias vezes, como se fosse um leque (ver fotos para melhor indicação)
- Pintar este "campo de trigo / cevada" a gosto, por exemplo, para fingir ser de terra ou de areia ou com verduras e flores
- Usar a 2ª folha para desenhar as nossas "espigas": cortar vários rectângulos (p.ex. com 4x8cm), desenhar as espigas e nomear cada situação / pessoa / coisa da nossa vida, que queremos confiar ao Senhor. Depois, dobrar uma das pontas dos rectângulos, colocar um pouco de cola e colar no nosso "campo" (ver fotos para melhor indicação de como fazer)
- No meu caso, e visto que na altura desta actividade manual estávamos em pleno confinamento restrito pelo COVID-19, quis confiar ao Senhor a realização do nosso casamento, da minha mudança de casa, das obras na nossa casa nova, o retorno às Eucaristias e a celebração do Triduo Pascal em comunidade. Já alguns meninos quiseram, não só "plantar" as suas "espigas" como também agradecer por alguns "frutos" já recebidos (p.ex. a avó ter regressado do hospital)
Caso realizem esta actividade manual com a vossa família ou com o vosso grupo de catequese, por favor partilhem connosco algumas fotos via email (marisa-milhano@hotmail.com)