My seed was born One bright spring morn In gardens grown by God. Out of the earth My stem gave birth To petals red as blood.
The gentle rain My growth sustained, And like each seed God sows, I dreamed one day That I’d be named A king’s most precious rose.
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One day a soldier Bent me over, Tore me from my bed. All beaten, battered, My stem tattered, Wanted but for dead.
In cruel hands gripped, My beauty stripped, ‘Twas not the dream I chose. And filled with shame, I wept in pain, No more a precious rose.
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Then I did see The soldiers lead A man through palace doors. Was this my king? Why did they bring him in, This man so poor?
A purple garment Hid the torment None but I could see.
They mocked and laughed, Gave him a staff, And bowed on bended knee.
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They bent me ‘round And wove a crown And placed me on his head.
My petals found Crushed on the ground, Like tears of God turned red.
With each small sin I was pressed in. I pierced with self-disdain.
In thought and deed I made him bleed, My selfishness, his pain.
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“Behold!” they’d sing, “Behold your King! Hail, King of the Jews!” With each reeds’ blow, Our pain did grow.
As one we were abused.
Despite the crown, He did not frown.
He smiled with love instead, And carried me For all to see Upon His tender head.
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Once placed with awe In manger straw, Anointed by John’s hands, Transfigured on A mountain dawn, Now wore a mangled branch.
Once gently kissed By Mary’s lips, And blessed with magi’s myrrh, Baptized by A parting sky, Now streamed with blood so pure.
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An innocent brow Calls to us know To follow this example: To let our thorns And all that scorns Be healed within His Temple.
Though dreams may fade, Each one was made In seed that Jesus sows. And now I see I’m called to be The King’s most precious rose.
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A minha semente nasceu
Numa manhã clara de primavera
Nos jardins cultivados por Deus.
Fora da terra
O meu caule deu à luz
Pétalas vermelhas como o sangue.
A chuva suave
O meu crescimento continuou,
E como cada semente que Deus semeia,
Eu sonhei (que) um dia
Seria chamada
A rosa mais preciosa do rei.
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Um dia, um soldado
Inclinou-se sobre mim,
(E) arrancou-me da minha cama.
Totalmente espancado, golpeado,
O meu caule esfarrapado,
Procurado, mas para morrer.
Agarrada em mãos cruéis,
Fui despida da minha beleza,
Este não era o sonho que eu escolhi.
E cheia de vergonha,
Chorei de dor
Nunca mais (seria) uma rosa preciosa.
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Então, eu vi
(Que) os soldados conduziam
Um Homem através das portas do palácio.
Seria este o meu Rei?
Porque trazem eles
Este Homem tão pobre?
Um manto de púrpura
Escondeu a tortura
Mas eu (ainda) podia ver.
Eles ridicularizaram(-No) e riram-se (Dele),
Deram-Lhe uma equipa,
E se inclinaram ajoelhados.
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Eles dobraram-me sobre mim mesma
E teceram uma coroa
E colocaram-me sobre a Sua cabeça.
As minhas pétalas encontravam-se
Esmagadas pelo chão,
Como se fossem as lágrimas vermelhas de Deus.
Com cada pequeno pecado
Eu estava pressionando-O.
(E) eu perfurei-O com auto-desprezo.
Em pensamentos e em acções,
Eu fi-Lo sangrar,
O meu egoísmo, a Sua dor.
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"Eis", eles cantam,
"Eis o vosso Rei! Saúdem,
O Rei dos judeus!"
Com cada golpe dos juncos,
A nossa dor aumentava.
Como (se fossemos) um, nós fomos maltratados.
Apesar da coroa,
Ele não franziu as sobrancelhas.
Em vez disso, Ele sorriu com amor,
E carregou-me
Para todos verem
Sobre a Sua querida cabeça.
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Outrora colocado com reverência
Sobre as palhas duma manjedoura,
Ungido pelas mãos de João,
Transfigurado
Numa montanha ao amanhecer,
Agora usava um ramo destruído.
Outrora beijado delicadamente
Pelos lábios de Maria,
E abençoado com mirra dos Magos,
Baptizado por
Um céu que se dividiu (ao meio),
(Estava) agora raiado do sangue mais puro.
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Uma fronte inocente
Chama-nos a conhecer
(E) a seguir este exemplo:
Deixemos que os nossos espinhos
E tudo o que nos despreza
Seja curado no interior do Seu Templo.
Embora os sonhos possam desaparecer,
Cada um (deles) foi criado
Nas sementes que Jesus semeou.
E agora eu vejo
(Que) fui chamado a ser
A Rosa mais preciosos do Rei.
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