Sou uma jovem esposa e mãe católica portuguesa. Neste blog partilho a minha caminhada em busca da santidade e o meu encontro com o amor misericordioso do Senhor. Espero que ele vos possa ajudar a encontrar a alegria do Evangelho!
Sou uma jovem esposa e mãe católica portuguesa. Neste blog partilho a minha caminhada em busca da santidade e o meu encontro com o amor misericordioso do Senhor. Espero que ele vos possa ajudar a encontrar a alegria do Evangelho!
A anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de David.
Lucas 1,26-27
Morto Herodes, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, no Egipto, e disse-lhe: «Levanta-te, toma o Menino e sua mãe e vai para a terra de Israel, porque morreram os que atentavam contra a vida do menino.» Levantando-se, ele tomou o Menino e sua mãe e voltou para a terra de Israel.
Advertido em sonhos, retirou-se para a região da Galileia e foi morar numa cidade chamada Nazaré; assim se cumpriu o que foi anunciado pelos profetas: «Ele será chamado Nazareno».
Mt 2,19-20.23
Estamos em Nazaré, a terra natal de Maria e de José e a região onde Jesus passou a maior parte da Sua vida, desde o Seu regresso da terra do Egipto, por volta dos seus 6 a 7 anos de idade, até ter iniciado a Sua pregação (depois de ter passado pelas águas do rio Jordão), por volta dos seus 30 anos.
Nazaré situa-se na parte Norte do país de Israel, num vale rodeado por altas montanhas. Este vale, se o seguíssemos para Noroeste, levar-nos-ia até ao Mar Mediterrâneo; e se o seguíssemos para Sudeste, levar-nos-ia em direcção ao rio Jordão.
A Sul da cidade de Nazaré, localiza-se a Planície de Esdrelão (ou Vale de Jezrel), que é uma zona muito fértil, cheia de campos de colheitas, de plantas, árvores e flores - ena, que contraste tão grande em relação a todas as terras áridas e desérticas pelas quais temos passado nos últimos dias!
Nazaré é hoje uma cidade grande, próspera e bonita; mas no tempo de Jesus terá sido apenas uma pequena aldeia judaica, de pouca importância, com pouco mais que 20 a 30 famílias, que viveriam da agricultura, do pastoreio e do trabalho de artífices como a carpintaria de S.José. Esta aldeia estaria rodeada de olivais e de vinhas que desceriam pelas encostas dos montes. É provável que tivesse uma única sinagoga, pequena e simples, à imagem dos seus habitantes, e que talvez fosse, tal como as casas destas famílias eram, parcialmente construída à mão e parcialmente escavada na encosta dos montes.
A Sagrada Família viveu durante tantosanos em Nazaré e ninguémsuspeitava que o próprio Deus vivesse ali, bem juntinho do Seu povo tão amado. Como é que foi possível? Oh, que mistério tão grande!
Penso nos incontáveis Santos que povoam o Céu, já neste preciso momento, cujos nomes nós nem sequer sabemos, cujas vidas nem conhecemos; tantos Santos escondidos, silenciosos, que levaram vidas simples, humildes, sem grande alarido, sem feitos extraordinários, à semelhança da Sagrada Família, à semelhança (assim o espero e desejo) da minha vida, da tua vida, da nossa vida ...
Alguém muito querido do meu coração, um dia destes perguntou-me se eu alguma vez tinha pensado que nunca na História da humanidade tinha havido, como hoje, tantos Santos e Santas, Beatos e Veneráveis, Servos e Servas de Deus, conhecidos ou não, a viver, a rezar e a interceder por todos nós no Céu ... como é que eu nunca tinha pensado nisso?! Quão maravilhoso! Louvado seja Deus!
Planície de Esdrelão (ou Vale de Jezrael)
E como terá sido a vida quotidiana da Sagrada Família?...
Penso em Jesus como criança, a receber o início da Sua educação escolar e de Fé (só a nossa sociedade actual é que tenta separar as duas coisas ...), através dos ensinamentos e do exemplo vivo de Maria e de José; ao aprender na carpintaria a trabalhar a madeira e a pedra com as Suas mãos e instrumentos, enquanto ouvia, vezes e vezes sem conta, José a contar-Lhe toda a História do povo de Deus, até a saber de coração...
Jesus a brincar com os outros meninos e meninas da Sua idade... Jesus como menino na escola da sinagoga, a aprender a ler e a interpretar as Sagradas Escrituras ... Oh, será que Jesus chegava a pensar: Hum ... isto parece-me familiar... sim, acho que fui Eu que fiz e disse isto tudo
Penso em Maria, como esposa e mãe, exercendo na perfeição todas as facetas do «génio feminino» que o Santo Papa João Paulo II nos ensinaria tantos séculos mais tarde ... Maria a lavar e a estender a roupa, a limpar a casa, a fazer as refeições, a ir buscar água aos poços e cisternas, enquanto cantava continuamente todas as maravilhas que o Senhor fez ...
Sabem, desde que me tornei catequista, dou por mim muitas vezes a imaginar (e a tentar inspirar-me) acerca de como é que Maria ensinaria e cativaria todas as meninas e meninos com os quais contactasse, ao longo da sua vida, acerca do amor, da misericórdia e da justiça de Deus ... (tento, mas garanto-vos que falho redondamente a tentar fazer o mesmo! )
Durante muito tempo pensei que Maria e José tivessem dedicado as suas vidas, em exclusividade, um ao outro e a Jesus, depois de casarem. Que todas as outras facetas anteriores das suas vidas - restante família, profissão, actividades na comunidade, amizades e tarefas - tivessem sido completamente abandonadas e esquecidas e postas de parte, para que tudo girasse apenas à volta de Jesus ... o que é, bem, em parte verdade.
Mas apenas em parte verdade. Graças aos ensinamentos das Famílias de Caná, percebi que a Sagrada Família, protótipo perfeito das Famílias-Cântaro a que somos chamados a ser, não só não terá renunciado às diversas tarefas e funções que anteriormente possuía, como as deverá ter, sim, abraçado e dedicado ainda mais intensamente, com ainda mais amor, auto-doação e sacrifício!
Sim, claro que sim! Claro que tanto Maria como José se terão disponibilizado para servirainda mais cada elemento das suas comunidades e das suas famílias; claro que se terão dedicado com ainda mais fervor e amor às suas profissões e tarefas; claro que terão crescido ainda mais em generosidade; claro que terão aberto as portas (e as janelas e o telhado!) da sua casa a todos os que precisassem, ou duma simples palavra amiga e dum sorriso, ou duma fatia de pão com doce de tâmaras, ou dum colo e ombro amigo para chorar, ou duma cama para passar a noite; claro que raramentehaveria apenas3 pratos e 3 copos e 3 talheres na mesa da Sagrada Família, mas sim sempre mais, sempre espaço e comida e amor para mais um (ou dois ou três ou mais!), por mais tarde que chegassem; claro que se terão oferecido e dedicado e gastomais e mais e mais, depois da chegada de Jesus às suas vidas ...
Oh, que o mesmo aconteça na minha vida também!...
O nosso autocarro está quase a chegar a um dos locais que eu mais desejava ver e tocar, sentir e estar, como Jesus tantas e tantas vezes o fez - o Mar das Tiberíadas, o Mar da Galileia - oh, ei-lo em toda a sua beleza, bem aqui à nossa espera ...
Deus tem-me mantida bastante ocupada nestas últimas semanas.... e parece que vou continuar assim, pelo menos, durante mais algumas semanas. Para além de todo o trabalho que envolve a minha profissão como médica, tem-me sido oferecido diversas oportunidades para servir a minha paróquia, às quais, pela graça de Deus, tenho tido finalmente a coragem de aceitar, com a alegria de quem se sacrifica por amor. Além disso, a minha própria vida está a sofrer uma grande mudança - dentro em breve, sairei da casa dos meus pais e irei viver sozinha. Mas, a seu tempo, contar-vos-ei todas estas aventuras com Deus.
Hoje, queria partilhar convosco um pequeno documentário da Opus Dei (cerca de 30 min, divididos em pequenos vídeos legendados), acerca da vivência da Fé Católica por diversos jovens adultos espalhados por todo o mundo. Um óptimo recurso para a Catequese da adolescência (e não, a Marisa que aparece nos vídeos não sou eu)
A Fé aos 20 anos - Introdução
A fé aos 20 anos (1): Querer saber mais
A fé aos 20 anos (2): "Fé que leva a servir"
A fé aos 20 anos (3): Encontrar Deus a cada dia
A fé aos 20 anos (4): Fazer o ambiente
A fé aos 20 anos (5): Pertenço a uma família
A fé aos 20 anos (6): Dar-se por completo a Deus
A fé aos 20 anos (7): Viver um namoro cristão
A fé aos 20 anos (8): Uma graça que muda a sua vida
A entrega é o primeiro passo de uma veloz caminhada de sacrifício, de alegria, de amor, de união com Deus. - E assim, toda a vida se enche de uma bendita loucura, que faz encontrar felicidade onde a lógica humana só vê negação, padecimento, dor...
São Josemaria Escriva, Sulco, 2
Entrega, muita entrega...
Bendita loucura esta, de oferecer, cada vez mais, de oferecer tudo, a Deus, nosso Senhor...
Um abençoado Domingo da Ascensão de Jesus
E um abençoadíssimo dia de Nossa Senhora de Fátima
Mais de 100 pessoas ficam a olhar, perplexas, para o sr. Pe José Pinheiro, no passado sábado dia 2 de Março, no início do retiro quaresmal para catequistas, a nível diocesano, que decorreu no nosso belíssimo Seminário em Almada.
"Sim, ouviram bem, Deus criou-nos para descansarmos Nele!"
Na verdade, já Santo Agostinho afirmava
Criaste-nos para Vós, Senhor, e o nosso coração vive inquieto, enquanto não repousar em Vós!
Mas não se enganem: descansar em Deus é muito diferente de não fazer nada. Aliás, envolve até fazermos muita coisa, dizer Sim a Deus muitas e muitas e muitas vezes - quando apetece e quando não apetece, quando dá jeito e quando não dá jeito nenhum, quando posso e mesmo quando não posso...
Mas devemos fazer tudo isso, com o nosso coração em paz, nas mãos de Deus, no exacto local onde ele pertence. Só encontramos verdadeiro descanso para a nossa alma, um descanso permanente, seguro, eterno, quando encontramos Deus e a Ele oferecermos a nossa pobre alma e aceitarmos descansar Nele.
Existem muitas pessoas que descansam demais (quantos exemplos podemos nós encontrar nos Evangelhos... e nas nossas vidas!)... ou melhor dizendo, usam essa desculpa para permanecerem estacionários no conforto das suas vidas
Outras, pelo contrário, não conseguem ficar quietas, fazem, fazem e fazem, como autênticas Martas... mas esquecem-se ou desvalorizam aquilo que é mais importante - conhecer e amar Deus, crescer todos os dias em intimidade com Ele, deixar que Ele nos fale ao coração, que cuide das nossas feridas, que nos ensine o caminho a seguir, e que desta relação de amor transborde abundantemente o amor pelo próximo.
Não importa o quão cheia ou agitada ou preenchida a nossa vida esteja. Pelo menos um momento de oração por dia é absolutamente essencial nas nossas vidas. Essencial! Imprescindível!
Porque
«Sem Mim, nada podeis fazer» Jo 15,5
Cada um de nós tem uma vocação, um chamamento por parte de Deus, para sermos santos.Santos! Conseguem imaginar-vos santos? Eu não consigo imaginar-me! Mas o olhar de Deus vai sempre mais longe que o nosso...
Esta nossa vocação tem ser descoberta - alguns mais cedo, outros mais tarde na vida. E quando a descobrimos, devemos olhá-la com verdadeiro espanto (Tu queres-me a mim, Senhor?!), com verdadeira humildade (Oh Senhor, mas eu não sou digno!) e com verdadeiro agradecimento (Se Tu queres Jesus, então eu também quero!).
A nossa vocação surge do nosso encontro pessoal com Jesus. Eu não escolho a minha vocação - Deus escolhe. E por mais que eu a negue e que tente fugir e dizer que não, a nossa vocação é incontornável. Aceitarmos a vocação de Deus é o único, único caminho que sacia completamente e que me traz felicidade verdadeira.
Ao procurarmos Jesus, descobrimos depois a nossa missão; do nosso encontro com Jesus, brota uma missão. Enquanto a vocação à santidade é universal, é para todos, a missão que Deus tem para cada um de nós é única, irrepetível, personalizada. Ninguém a poderá fazer por mim. Tenho mesmo de ser eu. Só podia ser eu a fazê-la.
Ser catequista faz parte da missão que Deus escolheu para mim.
Partindo sempre do meu encontro pessoal, íntimo, familiar, de pleno amor, com Deus, eu devo dar testemunho aos outros, devo apontar o caminho, devo partilhar as maravilhas que Deus continuamente faz na minha vida, devo evangelizar, sempre, em todos os momentos, em todos os lugares, não apenas na sala de catequese.
Sábado foi um dia muito chuvoso, com muito vento e trovoada. Na hora de meditação pessoal durante o retiro, senti-me a ser chamada numa dada direção no Seminário. Eu já devia ter adivinhado quem seria - claro que fui encontrar uma bela estátua de Nossa Senhora, bem ali, à minha espera. Fiquei toda molhada, mas nem dei conta.
Ali, no meio dos trovões, da chuva, do vento, não pude deixar de reparar num pequeno passarinho que insistia em continuar a cantar - e que bem que cantava. Quanto mais chovia, mais trovejava, mais ele cantava! Que eu assim seja também ...
Para terminar, queria apenas partilhar convosco algumas ideias (já antigas, ao que parece) do nosso querido Papa Francisco (mas que eu nunca tinha lido antes!) para manifestarmos visivelmente o amor de Deus durante a Quaresma (e que foram partilhadas connosco durante o retiro).
15 actos de caridade como manifestações concretas de amor
Sorrir - um cristão é sempre alegre
Agradecer - embora não "precise" fazê-lo
Lembrar o outro quanto o amamos
Cumprimentar com alegria as pessoas que vemos todos os dias
Ouvir pacientemente a história do outro, sem julgamento, com amor
Parar para ajudar - estar atento a quem precisa de mim
Animar alguém
Reconhecer os sucessos e as qualidades do outro
Separar o que não se usa e dar a quem precisa
Ajudar alguém, para que possa descansar
Corrigir com amor - não calar por medo
Ter pequenas delicadezas para quem está perto de nós
Limpar o que se suja em casa
Ajudar os outros a superar os seus obstáculos
Telefonar aos nossos pais
E agora, para coisas ainda mais dificeis
O melhor jejum
Jejum de palavras negativas e abundância de palavras bondosas
Jejum de descontentamento e abundância de gratidão
Jejum de raiva e abundância de mansidão e paciência
Jejum de pessimismo e abundância de esperança e optimismo
Jejum de preocupações e abundância de confiança em Deus
Jejum de queixas e abundância de agradecimento pelas coisas simples da vida
Jejum de tensões e abundância de orações
Jejum de amargura e tristeza e abundância de alegria no coração
Jejum de egoísmo e abundância de compaixão pelos outros
Jejum de falta de perdão e abundância de gestos de reconciliação
Jejum de palavras e abundância de silêncio para ouvir os outros