Sou uma jovem esposa e mãe católica portuguesa. Neste blog partilho a minha caminhada em busca da santidade e o meu encontro com o amor misericordioso do Senhor. Espero que ele vos possa ajudar a encontrar a alegria do Evangelho!
Sou uma jovem esposa e mãe católica portuguesa. Neste blog partilho a minha caminhada em busca da santidade e o meu encontro com o amor misericordioso do Senhor. Espero que ele vos possa ajudar a encontrar a alegria do Evangelho!
À semelhança dos anos anteriores, este ano voltei a fazer uma Caderneta de Cromos com as leituras do Evangelho de cada Domingo e Dia Santo, para o próximo ano pastoral 2023-2024 (transição entre o ano litúrgico A e B). É uma Caderneta desenhada a pensar principalmente na Catequese, mas também pode ser usada em família.
Como já tinha explicado antes, o conceito é muito simples: no início do ano, entrega-se uma caderneta em branco a cada menino da catequese, que depois irá receber um cromo por cada Missa a que assistir (podem combinar dar o cromo respectivo logo a seguir à Missa, se o catequista estiver presente, ou então na catequese seguinte). Se não vierem à Missa nesse fim-de-semana (ou Solenidade), não recebem o cromo respectivo e ficará esse espaço em branco na caderneta. Cada cromo tem uma imagem e um versículo relativo ao Evangelho proclamado nesse dia, para os ajudar a conhecer e memorizar as Escrituras, de coração. A Caderneta tem ainda várias imagens e frases para os meninos pintarem e a embelezarem ao seu gosto.
Todas as imagens utilizadas na caderneta são de utilização livre (retiradas do Pixabay). Da minha parte, como sempre, têm total liberdade para imprimir e partilhar esta caderneta no vosso grupo de catequese, pelas vossas paróquias, pelas vossas famílias, por onde quiserem. Lembrem-se só de rezar uma Avé-Maria pela minha família!
Como fazer a Caderneta de Cromos da Santa Missa?
Fazer o download da Caderneta em branco (documento pdf).
Imprimir a Caderneta, idealmente em papel mais grosso e espesso (eu utilizei folhas de papel A4 com 160g), imprimindo sempre frente e verso!
Agrafar as 2 folhas, pelo meio, de forma a criar um pequeno livro (como está mostrado aqui). Ou seja, no final, a Caderneta será constituída por 2 folhas A4, num total de 8 páginas (incluindo a capa).
“Foi-Me dado todo o poder no Céu e na Terra. Ide e fazei discípulos de todos os povos. Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos” (Mt 28, 18b-19. 20b)
Podem ver outros exemplos desta Caderneta de Cromos aqui:
Se um dos vossos propósitos para o vosso plano de vida espiritual é aprofundar o vosso conhecimento e amor pela Santa Missa (é um dos meus propósitos para 2023!), então vão apreciar bastante o pequeno Curso que hoje partilho convosco. Podem assistir no Youtube, em pequenos vídeos de 10 minutos cada e até ao momento já foram publicados 9 vídeos deste Curso. Ele é da autoria do Pe. João Paulo Pimentel, sacerdote da Prelatura do Opus Dei e actualmente pároco da Paróquia de Telheiras, e é duma riqueza incomparável! Recomendo-o vivamente a todos os leitores deste blog!
Aula 0 - Introdução
Aula 1 - Aspectos essenciais sobre a Santa Missa
Aula 2 - Os paramentos
Aula 3 - Ritos introdutórios I
Aula 4 - Ritos introdutórios II
Aula 5 - Ritos introdutórios III (Kyrie)
Aula 6 - Ritos introdutórios IV (Glória e Oração colecta)
Aula 7 - Liturgia da Palavra
Aula 8 - 1ª Leitura e Salmo
Aula 9 - 2ª Leitura e Evangelho
Obrigado Pe João Paulo Pimentel, por partilhar connosco tanta riqueza!
EXCERTO: "Pedro e João tinham sido mandados fazer os preparativos para se poder comer a Páscoa mas, vendo bem, toda a criação, toda a história – que finalmente estava para se revelar como história de salvação – é uma grande preparação para a Ceia. Pedro e os outros estão a essa mesa inconscientes e, todavia, necessários: qualquer dom para o ser deve ter alguém disposto a recebê-lo. Neste caso a desproporção entre a imensidade do dom e a pequenez de quem o recebe é infinita e não pode deixar de nos surpreender. Apesar disso – por misericórdia do Senhor – o dom é confiado aos Apóstolos para que seja levado a todos os homens. Ninguém tinha ganho um lugar para aquela Ceia. Todos foram convidados ou, melhor, atraídos pelo desejo ardente que Jesus tem de comer aquela Páscoa com eles: Ele sabe que é o Cordeiro daquela Páscoa, sabe que é a Páscoa. Esta é a novidade absoluta daquela Ceia, a única verdadeira novidade da história, que torna aquela Ceia única e, por isso, “última”, irrepetível."
Parte 2/6
EXCERTO: "Devemos ao Concílio – e ao movimento litúrgico que o precedeu – a redescoberta da compreensão teológica da Liturgia e da sua importância na vida da Igreja: os princípios gerais enunciados pela Sacrosanctum Concilium, tal como foram fundamentais para a intervenção da reforma, assim o continuam a ser para a promoção daquela participação plena, consciente, ativa e frutuosa na celebração, “primeira e indispensável fonte na qual os fiéis podem haurir o genuíno espírito cristão” (Sacrosanctum Concilium, n. 14; veja-se também o n. 11). Com esta carta gostaria simplesmente de convidar toda a Igreja a redescobrir, guardar e viver a verdade e a força da celebração cristã. Gostaria que a beleza do celebrar cristão e das suas necessárias consequências na vida da Igreja não fosse deturpada por uma compreensão superficial e redutora do seu valor ou, pior ainda, por uma instrumentalização dela ao serviço de uma qualquer visão ideológica, seja ela qual for. A oração sacerdotal de Jesus na última Ceia para que todos sejam um só (Jo 17, 21), julga qualquer divisão nossa em torno do Pão partido, “sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade”
Parte 3/6
EXCERTO: "A questão fundamental é, portanto, esta: como recuperar a capacidade de viver em plenitude a ação litúrgica? Tal era o objetivo da reforma do Concílio. O desafio é muito exigente porque o homem moderno – não do mesmo modo em todas as culturas – perdeu a capacidade de se confrontar com o agir simbólico que é uma característica essencial do ato litúrgico. A pós-modernidade – em que o homem se sente cada vez mais perdido, sem referências de qualquer tipo, privado de valores porque tornados indiferentes, órfão de tudo, numa fragmentação em que parece impossível um horizonte de sentido – é ainda agravada pela pesada herança que nos deixou a época anterior, feita de individualismo e subjetivismo (que, mais uma vez, remetem para pelagianismo e gnosticismo) bem como de um espiritualismo abstrato que contradiz a própria natureza do homem, espírito encarnado e, portanto, capaz em si mesmo de ação e de compreensão simbólica."
Parte 4/6
EXCERTO: "De quanto dissemos sobre a natureza da Liturgia resulta evidente que o conhecimento do mistério de Cristo, questão decisiva para a nossa vida, não consiste numa assimilação mental de uma ideia, mas numa real implicação existencial com a sua pessoa. Neste sentido a Liturgia não diz respeito ao “conhecimento” e a sua finalidade não é primariamente pedagógica (embora tenha um grande valor pedagógico: cf. Sacrosanctum Concilium, n. 33), mas é o louvor, a ação de graças pela Páscoa do Filho, cuja força de salvação alcança a nossa vida. A celebração diz respeito à realidade do nosso ser dóceis à ação do Espírito que nela opera, até que Cristo seja formado em nós (cf. Gl 4, 19). A plenitude da nossa formação é a conformação a Cristo. Repito: não se trata de um processo mental, abstrato, mas de chegar a ser Ele. É esta a finalidade para a qual foi dado o Espírito, cuja ação é sempre e só a de fazer o Corpo de Cristo. É assim com o pão eucarístico, é assim para todos os batizados chamados a tornarem-se cada vez mais aquilo que receberam em dom no Batismo, isto é, a serem membros do Corpo de Cristo. Escreve Leão Magno: “A nossa participação no Corpo e no Sangue de Cristo não tem outro fim a não ser transformar-nos naquilo que recebemos”
Parte 5/6
EXCERTO: "Entre os gestos rituais que pertencem a toda a assembleia, o silêncio ocupa um lugar de importância absoluta. Várias vezes é expressamente prescrito nas rubricas: toda a celebração eucarística é imersa no silêncio que precede o seu início e marca cada instante do seu desenvolvimento ritual. Efetivamente, está presente no ato penitencial; após o convite à oração; na liturgia da Palavra (antes das leituras, entre as leituras e após a homilia); na oração eucarística; depois da comunhão. Não se trata de um refúgio onde esconder-se para um isolamento intimista, quase sofrendo a ritualidade como se de uma distração se tratasse: um tal silêncio estaria em contradição com a própria essência da celebração. O silêncio litúrgico é muito mais: é o símbolo da presença e da ação do Espírito Santo que anima toda a ação celebrativa; por esse motivo muitas vezes constitui o ápice da sequência ritual. Precisamente porque é símbolo do Espírito tem o poder de exprimir a sua ação multiforme. Assim, retomando os momentos que acima recordei, o silêncio move ao arrependimento e ao desejo de conversão; suscita a escuta da Palavra e a oração; dispõe à adoração do Corpo e do Sangue de Cristo; sugere a cada um, na intimidade da comunhão, o que o Espírito quer realizar na vida para nos conformar ao Pão partido. Por isso, somos chamados a realizar com extremo cuidado o gesto simbólico do silêncio: é nele que o Espírito nos dá forma."
Parte 6/6
EXCERTO: "Gostaria que esta Carta nos ajudasse a reavivar o assombro pela beleza da verdade do celebrar cristão, a recordar a necessidade de uma formação litúrgica autêntica e a reconhecer a importância de uma arte da celebração que esteja ao serviço da verdade do mistério pascal e da participação de todos os batizados, cada qual com a especificidade da sua vocação. Toda esta riqueza não está longe de nós: está nas nossas igrejas, nas nossas festas cristãs, na centralidade do domingo, na força dos sacramentos que celebramos. A vida cristã é um contínuo caminho de crescimento: somos chamados a deixar-nos formar com alegria e na comunhão."
Há cerca de 3 anos atrás partilhei, pela primeira vez aqui no blog, uma actividade manual que desenvolvi para o meu grupo de catequese (na altura, em preparação para a 1ª Comunhão) e que acabou por ser um pequeno sucesso, de tal forma que foi adoptado por outros grupos na minha paróquia... Refiro-me a uma caderneta de cromos para a Santa Missa.
O conceito é muito simples: no início do ano, entrega-se uma caderneta em branco a cada menino, que irá receber um cromo por cada Missa a que assistir (podem combinar dar o cromo respectivo logo a seguir à Missa, se o catequista estiver presente, ou então na catequese seguinte). Se não vierem à Missa nesse fim-de-semana (ou Solenidade), não recebem o cromo respectivo e ficará esse espaço em branco na caderneta. Cada cromo tem uma imagem e um versículo relativo ao Evangelho proclamado nesse dia, para os ajudar a conhecer as Escrituras de coração. A Caderneta tem ainda várias imagens e frases para os meninos pintarem e a embelezarem.
Como disse, no meu grupo de catequese, esta pequena actividade ajudou consideravelmente a aumentar a frequência dos meninos à Santa Missa. Eles ficavam sempre muito entusiasmados por descobrir o cromo seguinte e, em especial, se a Missa fosse duma celebração de elevada importância (como a da Páscoa, por exemplo), ficavam radiantes ao descobrir que iam receber um cromo "gigante" (de dimensões superiores ao habitual, ocupando vários quadrados na caderneta).
Penúltima página da Caderneta
No fim deste verão, fui desafiada a fazer uma nova caderneta, adaptada ao ano pastoral 2021-2022 (transição entre ano litúrgico B e C), cujo resultado final partilho convosco. Todas as imagens utilizadas na caderneta são de utilização livre (retiradas do Pixabay). Da minha parte, têm total liberdade para imprimir e partilhar esta caderneta no vosso grupo de catequese, pelas vossas paróquias e pelas vossas famílias. Lembrem-se só de rezar uma Avé-Maria pela nossa família
Páginas do centro da Caderneta
Como fazer a Caderneta da Santa Missa?
Fazer o download da Caderneta em branco (documento pdf).
Imprimir a Caderneta em branco, idealmente em papel mais grosso e espesso (eu utilizei folhas de papel A4 com 160g), imprimindo frente e verso!
Agrafar as 2 folhas, pelo meio, de forma a criar um pequeno livro. Ou seja, no final, a Caderneta será constituída por 2 folhas A4, num total de 8 páginas (incluindo a capa)
5. Imprimir os Cromos a cores, em papel autocolante branco (que pode ser encontrado em lojas como a Staples).
6. Recortar os Cromos
7. Podem visualizar o resultado final da Caderneta já com todos os cromos aqui
Última página da Caderneta
Disse-lhes Jesus: «Todo o doutor da Lei instruído acerca do Reino do Céu é semelhante a um pai de família, que tira coisas novas e velhas do seu tesouro.» (Mt 13, 52)
No contexto desta epidemia que vivemos, na nossa igreja paroquial foi necessário retirar todos os bancos de madeira e passar a sentar-nos em cadeiras dispersas e espaçadas entre si na celebração da Santa Missa. Além disso, dada as dimensões e a configuração da nossa igreja, no momento da Sagrada Comunhão não é possível que nos dirijamos de forma ordenada e distanciada até ao altar (como sei que está a ser feito na maior parte das igrejas), para aí recebermos Jesus.
Ou seja, na nossa paróquia, quem pode comungar, afasta a máscara da sua face e aguarda no seu lugar ... Para podermos receber Jesus dentro de nós, é necessário retirarmos todas as máscaras que insistimos em manter - no trabalho, na rua, em casa, e até connosco mesmo - despindo-nos de todas as pretensões e aguardando, com humildade e esperança, a chegada do Divino Hóspede, que trará uma nova vida à morada da nossa alma.
Ó, a beleza de saber esperar que Cristo venha até junto de mim, desde lá do altar onde foi Sacramentado, sacrificado e imolado para a minha salvação eterna ...
Ó, a graça de poder esperá-Lo ajoelhada no chão frio de pedra, em reverência do enorme Mistério de Amor que Se vai aproximando de mim, aos poucos, sob a forma duma pequena hóstia branca, para que eu não me assuste com a Sua Divina Presença...
No meu lugar na igreja, assim como nas circunstâncias da minha vida, posso e escolho recebo-Lo ajoelhada, as mãos estendidas em forma de concha, como uma mendiga que pedincha por um pouco de Amor, só um pouco d'Ele ... sim, peço apenas um pouco, mas Ele dá-Se todo, dá-Se na totalidade, dá-Se por completo, por inteiro, sem que uma réstia da Sua Humanidade ou da Sua Divindade fique para trás ...
A nossa igreja na (mini-micro) celebração do Tríduo Pascal neste ano 2020
Que acto de confiança da parte de Jesus, aceitar ser assim colocado nas nossas mãos! Quão vulnerável Se encontra naquele instante! O Criador do Céu e da Terra, o Criador de todo o Universo - ali mesmo, na palma da minha mão! Que mistério admirável ...
Por uns breves instantes, tenho Jesus entre as minhas mãos, junto ao meu peito. Penso em Maria em Belém, em Nazaré, no Egipto, ao longo da infância e juventude de Jesus: quantas vezes não o terá feito também, segurando-O assim nas suas mãos e trazendo-O até junto do seu regaço?
É Jesus que vem até junto de mim, desejoso de fazer parte da minha vida e do meu ser. A iniciativa é Dele. É Ele que inicia este acto de entrega de Amor.
Mas a resposta à Sua iniciativa de amor é minha. A decisão de O aceitar é minha. Sou eu que tenho de me dobrar ligeiramente, erguer as mãos e trazê-Lo até junto dos meus lábios, como que para O beijar.
Ele ficará ali, nas minhas mãos, totalmente entregue. A decisão de aceitar receber o Seu amor é minha. Deus nunca Se impõe nem obriga ninguém. O que quer que façamos, só o poderemos fazer em resposta da iniciativa que partiu d'Ele. O que quer que façamos, só o poderemos fazer, à Sua imagem e semelhança, numa resposta com e por amor - num livre e sincero dom de si...
Como Deus é bom, ao permitir-nos contemplar tantas maravilhas em tão breves instantes ... Louvado sejas Senhor!
Continuamos a nossa viagem em Tagba, perto de Nazaré. Estamos no sopé do Monte das Bem-Aventuranças e caminhamos todos juntos até encontrarmos uma pequena igreja franciscana, conhecida como Mensa Christi - a mesa de Cristo.
Estamos na costa noroeste do Mar da Galileia, um dos locais favoritos para os pescadores de Cafarnaum desempenharem as suas profissões, pescadores como os apóstolos Pedro e o seu irmão André. Os Evangelhos contam-nos que Jesus passou por diversas vezes, ao longo das suas viagens e pregações, por esta praia ... poderá ter sido esta a Sua praia favorita?
Olho para a beleza da praia que me rodeia, inspiro fundo até sentir o cheiro da água, fecho os olhos e continuo a ouvir os passarinhos que cantam nas árvores à nossa volta misturado com o som das ondas, passo a mão pela água fresca, brincando com as pequenas conchas brancas e pretas que abundam por aqui e sorrio abertamente - só posso acreditar que sim!
Algum tempo depois, Jesus apareceu outra vez aos discípulos, junto ao lago de Tiberíades, e manifestou-se deste modo: estavam juntos Simão Pedro, Tomé, a quem chamavam o Gémeo, Natanael, de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos.
Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar.» Eles responderam-lhe: «Nós também vamos contigo.»
Saíram e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada.
Jo 21,1-3
A nossa guia conta-nos que estamos naquele que se acredita ser o local onde ocorreu este episódio do Evangelho. Jesus tinha morrido na Cruz, em Jerusalém. Três dias depois, as mulheres que O seguiam tinham ido ao Seu sepulcro e tinham-no encontrado vazio. Alguns anjos disseram-lhes que o Messias tinha ressuscitado. Jesus Ressuscitado tinha aparecido a Maria Madalena, que chorava em busca d'Aquele que o seu coração mais amava. Os discípulos de Emaús tinham vindo a correr, para contar a todos que tinham encontrado Jesus Ressuscitado ao longo do caminho e no partir do pão.
Mas os dias passavam e passavam, mais ninguém tinha visto Jesus, e os apóstolos começaram a duvidar... Loucura das loucuras ... oh, poderá mesmo algo assim acontecer, Alguém vencer a morte e ressuscitar?
Não, o melhor é ganharmos juízo e voltarmos para as nossas vidinhas normais, simples, pacatas e seguras, de pescadores de peixes e não de homens ...
Ao romper do dia, Jesus apresentou-se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. Jesus disse-lhes, então: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam-lhe: «Não.»
Disse-lhes Ele: «Lançai a rede para o lado direito do barco e haveis de encontrar.»
Lançaram-na e, devido à grande quantidade de peixes, já não tinham forças para a arrastar.
Jo 21,4-6
Oh, isto já tinha acontecido antes!
Sim, só existe uma Única pessoa capaz de algo assim!
Só existe uma Única pessoa capaz de nos dizer onde podemos encontrar o verdadeiro alimento para as nossas almas!
Então, o discípulo que Jesus amava disse a Pedro: «É o Senhor!»
Simão Pedro, ao ouvir que era o Senhor, apertou a capa, porque estava sem mais roupa, e lançou-se à água. Os outros discípulos vieram no barco, puxando a rede com os peixes; com efeito, não estavam longe da terra, mas apenas a uns noventa metros.
Jo 21,7-8
Quando estamos apaixonados e queremos muito estar junto daquele que amamos, somos capazes de fazer qualquer loucura, como lançar-nos nas águas do desconhecido e nadar contra a maré...
Ao saltarem para terra, viram umas brasas preparadas com peixe em cima e pão. Jesus disse-lhes: «Trazei dos peixes que apanhastes agora.»
Simão Pedro subiu à barca e puxou a rede para terra, cheia de peixes grandes: cento e cinquenta e três. E, apesar de serem tantos, a rede não se rompeu.
Disse-lhes Jesus: «Vinde almoçar.» E nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-lhe: «Quem és Tu?», porque bem sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe.
Esta já foi a terceira vez que Jesus apareceu aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.
Jo 21,9-14
Foi aqui, sobre estas rochas, que Cristo esperou que os olhos dos Seus apóstolos se abrissem e O reconhecessem.
Foi aqui, sobre estas rochas, que Cristo esperou, preparando uma refeição; fogueira acesa, peixinho na brasa, pão partido, a mesa posta ...
Foi aqui, sobre estas rochas, que Cristo, verdadeiro Deus, verdadeiro Rei, os serviu e alimentou, com o Seu próprio corpo e sangue.
Não tenham medo de seguir Jesus. Não tenham medo de fazer o que Ele vos propõe.
Se se atirarem ao mar do desconhecido, nunca se afogarão. Se se afadigarem a pescar pelo reino de Deus, o Senhor nunca se deixará vencer em generosidade. Se lançarem as vossas redes e elas vos parecerem pesadas e quase a arrebentar, acreditem, tal nunca irá acontecer.
Trazei para a mesa do Senhor o resultado do suor do vosso trabalho, por pouco ou muito que seja. Será aqui, na mesa do Senhor, no altar do Senhor, que Ele próprio Se oferecerá como alimento, como verdadeiro alimento para as nossas almas, sedentas e carentes de compreensão e de amor.
Sim, estão mesmo todos convidados. O Senhor chama-vos para o Seu banquete, para a Santa Missa.
Sabem qual é uma das coisas que mais me lembro da Galileia? Do vento! Sim, do vento!
Desde criança que eu sempre gostei muito de vento, mas o vento da Galileia parecia ser ainda mais especial ...
Ah, só de me lembrar do vento da Galileia ....
Um vento que nos chamava a rir, ao brincar com o nosso cabelo e as nossas roupas; um vento que nos chamava a dançar, como se fosse uma criança a puxar por nós; um vento que nos refrescavao corpo cansado da viagem; um vento que nos sussurravaao ouvido acerca do tremendo amor e misericórdia de Deus; um vento que surgia de repente, aparentemente do nada, e que "bagunçava" a nossa vida, tirando-nos do nosso conforto e comodismo, à semelhança do Espírito Santo; um vento que nos impeliaa avançar, sempre, em frente ...
Também nós avançamos na nossa viagem, até uma linda capela ao ar livre, que parecia esperar por nós, escondida entre as árvores, as flores e as plantas - como se sempre estivesse estado ali desde o tempo de Jesus, como se aquele sempre tivesse sido o seu devido lugar ...
Foto tirada por outro peregrino na nossa viagem - obrigado pela partilha!
Pela graça de Deus, temos oportunidade de celebrar a Santa Missa neste preciso local - a nossa primeira Eucaristia celebrada na Terra Santa, depois de termos celebrado uma no Egipto e outra na Jordânia. Estamos a 9 de Agosto de 2019 e eu não posso deixar de sorrir e sorrir e sorrir quando me apercebo que a primeira leitura do dia é uma das minhas leituras favoritas e mais queridas do meu coração ...
É assim que a vou seduzir:
ao deserto a conduzirei, para lhe falar ao coração.
Dar-lhe-ei então as suas vinhas
e o Vale de Acor será como porta de esperança.
Aí, ela responderá como no tempo da sua juventude,
como nos dias em que subiu da terra do Egipto.
Naquele dia – oráculo do Senhor –
ela me chamará: «Meu marido»
e nunca mais: «Meu Baal.»
Tirarei da sua boca os nomes de Baal,
de modo que tais nomes não voltem a ser recordados.
Farei em favor dela, naquele dia,
uma aliança com os animais selvagens,
com as aves do céu e com os répteis da terra;
farei desaparecer da terra o arco, a espada e a guerra,
e farei com que eles repousem em segurança.
Então, te desposarei para sempre;
desposar-te-ei conforme a justiça e o direito,
com amor e misericórdia.
Desposar-te-ei com fidelidade,
e tu conhecerás o Senhor.
Oseias 2,16-22
Foto tirada por outro peregrino na nossa viagem - obrigado pela partilha!
Não consigo ler esta passagem sem me recordar sempre da belíssima música que a Danielle Rose compôs, cantou e tocou - como já tinha partilhado convosco no início deste ano. Esta foi uma das músicas que mais me acompanhou durante os primeiros 6 meses deste ano de 2019, uma altura da minha vida que, devido a uma grande conjugação de factores, se veio a revelar tão espiritualmente difícil para mim ...
Ao trazer estas memórias de volta ao coração e ao reflectir naquilo que vivi e experienciei naquela bela manhã de Missa campal, consigo finalmente compreender uma última coisa que o Senhor desejava dizer-me, através daquele vento especial da Galileia ... É que aquele vento, novo e rejuvenescedor, era também um vento de mudança, de muitas mudanças, que se sucederiam, umas a seguir às outras, mal eu chegasse de volta a Portugal, cada uma mais bela e maravilhosa que a anterior ...
Oh, louvado sejas, Senhor meu, para todo o sempre!
Foto tirada por outro peregrino na nossa viagem - obrigado pela partilha!
Não posso acreditar! Estou na Terra Santa! Estou mesmo na Terra Prometida!!
Oh, que dom tão grande de Deus!...
A entrada em Nazaré
Reconhecei, de todo o vosso coração e de toda a vossa alma, que, de quantas promessas vos fez o Senhor vosso Deus, nem uma só ficou sem efeito: todas se cumpriram, sem falhar nenhuma.
Josué 23,14b
O tempo de Deus é perfeito, absolutamente perfeito... E não existe uma única promessa que Ele tenha feito, ao longo de toda a nossa história (e História também), que Ele não tenha cumprido ou que não venha a cumprir. Não, não existe uma única que seja, por maior ou menor que tenha sido ...
Estes 6 longos dias de viagem entre as terras do Egipto e da Jordânia só conseguiram inflamar ainda mais, dentro do mim, a minha vontade de chegar à Terra Prometida, onde abundaria leite e mel, graças e bênçãos, amor e felicidade eternas ...
Apercebo-me, ao atravessarmos a última fronteira e ao entrarmos em Nazaré, enquanto as lágrimas abundantes escorrem pelo meu rosto e se misturam com o meu sorriso aberto, o quanto desejo chegar à Terra Prometida - não tanto esta, feita de terra e plantas, animais e pessoas; mas Aquela, oh, Aquela cidade maravilhosa que Deus prometeu a cada um de nós, onde viveremos, para todo o sempre, em plena comunhão de Amor ...
Nazaré
Dei-vos uma terra que não lavrastes, cidades que não edificastes e que agora habitais, vinhas e oliveiras que não plantastes e de cujos frutos vos alimentais.
Josué 24,13
Que Deus é Este, que oferece - que Se oferece - a cada um de nós, com tantas e tantas bênçãos e graças e dons, todas elas absolutamente imerecidas e inalcançáveis...
Que Deus é Este, Todo Poderoso, capaz de criar o céu e a terra, as montanhas e as flores, as células e as moléculas, o som e a luz - por amor a cada um de nós, para nos oferecer estas maravilhas, para que, através delas, O possamos conhecer e amar...
Que Deus é Este, que apesar da nossa infidelidade, ingratidão e abandono - todos os dias, a quase todo o instante - decidiu um dia tornar-Se num indefeso embrião, susceptível, dependente, necessitado, para que, talvez assim, O possamos então amar e deixar que Ele nos ame...
Que Deus é Este, mais valente e corajoso que qualquer herói desta terra ou das histórias dos livros, que arrisca tudo, que oferece tudo, que sacrifica tudo - que Se sacrifica na totalidade - apenas por amor a mim e a ti, apenas para que tu e eu possamos viver ...
Que Deus é Este, que ainda hoje, em todos os cantos desta terra, Se esconde, Se reduz, Se tritura, Se oferece, sob a forma duma pequena hóstia, simples farinha e água, para que nenhum de nós fuja com medo deste Amor tão grande e louco e forte, e para que, assim, possa entrar dentro de nós, nutrindo-nos e alimentando-nos, tornando-Se parte do nosso próprio corpo, e iniciando assim a nossa Comunhão eterna de Amor ...
Partilho convosco outra canção da querida Danielle Rose, que tantas vezes ressoou na minha cabeça durante esta viagem ...
A Love Song From Jesus
Based on Luke 22:14-20, and the Song of Solomon From the perspective of Jesus the Lover
All I want to do is fall in love with you. May I call you my Beloved? You do not know how strong my love is yet.
Hold me in your hands. Kiss me with your lips. Enter into love’s communion
In this Eucharist
You have never known a love like this Do you thirst inside? And my desire is to share this love. My passion will never die.
Hold me in your hands. Kiss me with your lips. Enter into love’s communion
In this Eucharist.
And what if you do not love me in return? I will be standing here alone, With my blood beating in my broken heart, My body broken with love.
Hold me in your hands. Kiss me with your lips. Enter into love’s communion
In this Eucharist
I give you my Blood. I give you my Body. I give you all of my love. Will you take this gift, Or have I not given enough?
Uma canção de amor de Jesus Com base em Lucas 22:14-20 e no Cântico de Salomão Do ponto de vista de Jesus, o Amado
Tudo o que Eu quero é apaixonar-Me por ti Posso chamar-te minha Amada? Tu ainda não sabes o quão forte é o Meu amor
Segura-Me nas tuas mãos Beija-Me com os teu lábios Entra nesta comunhão de amor
Nesta Eucaristia
Tu nunca conheceste um amor como este Tens sede por dentro? E o Meu desejo é partilhar este amor A Minha paixão nunca morrerá
Segura-Me nas tuas mãos Beija-Me com os teu lábios Entra nesta comunhão de amor
Nesta Eucaristia
E se tu não Me amares de volta? Eu permanecerei aqui sozinho, Com o Meu sangue a bater dentro do Meu coração partido, O Meu corpo partido por amor
Segura-Me nas tuas mãos Beija-Me com os teu lábios Entra nesta comunhão de amor
Nesta Eucaristia
Eu ofereço-te o Meu sangue Eu ofereço-te o Meu corpo Eu ofereço-te todo o Meu amor Vais aceitar este presente Ou será que não te dei o suficiente?
É Domingo, dia do Senhor, dia do Amor!
Venham ter com Ele, na Santa Eucaristia, e deixem que Ele vos encha com o Seu tremendo Amor ...